Ex-chefe de gabinete de Bolsonaro doava valor superior ao salário para campanhas

Enquanto transações envolvendo as contas do ex-motorista Fabrício José Carlos de Queiroz e do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) seguem sem explicação, novas suspeitas sobre movimentações financeiras da família que ocupará o Palácio do Planalto a partir do próximo ano foram divulgadas nesta sexta-feira, 14, pela revista IstoÉ. Conforme a publicação, um ex-chefe de gabinete do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) doava valores incompatíveis com sua renda para campanhas eleitorais dos filhos do político. A revista aponta que, em diversos episódios, colaboradores da família de políticos fizeram doações financeiras em valores superiores aos próprios salários. Os casos ocorriam desde 2002, quando os filhos do presidente eleito começaram a se envolver oficialmente com política. Um dos casos revelados pela reportagem da IstoÉ cita o capitão do Exército Jorge Francisco. Funcionário do gabinete de Bolsonaro por 20 anos, ele doou, em 2002, R$ 5,9 mil (atualmente, seria o equivalente a R$ 18 mil) para a campanha do filho mais velho de Bolsonaro. O montante foi o único gasto na campanha, segundo declarou Flávio à época. Em 2003, Francico passou a integrar o gabinete de Bolsonaro, recebendo um salário de aproximadamente R$ 15 mil. De acordo com a revista, ele passou a fazer mais doações dali em diante. Em 2004, foram R$ 10 mil (R$ 22 mil em valores atualizados) para Carlos Bolsonaro (PSL) na disputa à Câmara do Rio de Janeiro. Em 2012, o funcionário ainda teria doado R$ 15 mil a Eduardo. Já em 2014, nova doação para o político de R$ 11 mil. Em 2016, Francisco declarou ter doado mais R$ 2,5 mil, por meio de serviços prestados à campanha para Carlos Bolsonaro. O POVO Online procurou a assessora de imprensa de Eduardo Bolsonaro, mas as chamadas ao gabinete do político foram desligadas.

Fonte: O POVO Online

Zeudir Queiroz

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