Custo para reparação de vandalismo no VLT é de R$ 300 mil

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estacionado em uma das plataformas da estação João Felipe parece ter passado por uma zona de guerra. Quase todos os vidros das janelas e portas estão trincados ou quebrados. O problema é que ele não é exceção, mas regra. Todos os seis VLTs que percorrem a linha Oeste (Fortaleza/Caucaia) estão danificados. Quatro deixaram de circular por causa da depredação. E o pior: os veículos foram adquiridos somente há um ano.   A causa da quebradeira é o ataque de vândalos, que jogam pedras nos veículos ao longo do trajeto. Segundo os usuários, geralmente, o problema é causado por jovens. Só para o reparo das janelas, o Metrofor gastou mais de R$ 300 mil até agora. Em média, o valor da troca de cada janela quebrada é de R$ 1 mil.   Os usuários lamentam ver os veículos – que estão novinhos em folha – em tão mau estado de conservação. “Dá uma tristeza, porque eles servem pra gente, mas deixam de circular. Eu gostei do VLT, porque é mais confortável e tem ar-condicionado. É muito bom para essa nossa quentura”, afirma a bordadeira Lúcia Oliveira, 55.   Pontos críticos O zelador Carlos Alberto Brito, 39, informa que os apedrejamentos ocorrem, geralmente, entre as estações do Álvaro Weyne e Padre Andrade. Já o Metrofor cita a favela do Sossego (entre as estações Antônio Bezerra e São Miguel) como o ponto mais crítico.   Além dos danos ao patrimônio público, a situação coloca em risco a segurança dos usuários. “Quando jogam pedras, o pessoal se deita no chão”, diz Carlos Alberto. “Uma vez, uma mulher quase fura o olho com o vidro (estilhaçado)”, conta a comerciante Francisca Deuzidete Silva, 50.   Usuários descrentes Para o zelador da estação Caucaia, José Ferreira de Amorim, 67, o ideal seria punir os vândalos. “Pena que não dá para pegar quem joga pedra. Se o guarda fosse conversar com os pais (dos vândalos), tivesse punição e colocasse a família para pagar uma parte (do conserto), poderia até amenizar”. comenta. Seu José é tão desesperançoso com o zelo da população com os novos equipamentos, que chega a sugerir “colocar o trem antigo de volta, enferrujado mesmo”.   O quê ENTENDA A NOTÍCIA   O apedrejamento de trens é algo comum na linha Oeste (Fortaleza-Caucaia). Quem mais tem sofrido com isso são os novos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) que possuem janelas de vidro. Todos os seis veículos estão depredados.   SERVIÇO   Horários dos trens da linha Oeste (Fortaleza / Caucaia)   Para conferir as linhas, basta acessar: is.gd/Bfrhkv Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

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