Fábio Faria admite estar “profundamente arrependido” de entrevista sobre rádios

Ministro das Comunicações e coordenador da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Faria diz ser contrário ao adiamento as eleições

Fabio Wajngarten e Fábio Faria durante coletiva sobre inserções na segunda-feira (24/10) – (crédito: Evaristo Sa/AFP)

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, admitiu nesta sexta-feira (28/10) estar “profundamente  arrependido” de ter dado a entrevista coletiva, ao lado de Fabio Wajngarten, para denunciar um suposto boicote nas inserções de propagandas eleitorais em rádios à campanha de Jair Bolsonaro (PL). Fábio é um dos coordenadores da campanha do presidente da República.

O arrependimento do ministro se deve à proporção que o assunto tomou, principalmente após aliados de Bolsonaro passarem a defender o adiamento do segundo turno das eleições, marcado para o próximo domingo (30).

“Me arrependi profundamente de ter participado daquela coletiva. Se eu soubesse que iria escalar, eu não teria entrado no assunto”, disse o ministro. “Eu fiquei imediatamente contra tudo isso de adiar as eleições. Fui o primeiro a repudiar até porque prejudicaria o presidente Bolsonaro”, acrescentou.

Fábio admitiu ainda que a falha no caso das inserções foi do próprio PL, que percebeu o problema tardiamente. Segundo ele, a convocação da coletiva foi uma tentativa de mediar um acordo entre o Tribunal Superior Eleitoral e a campanha.

“A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do TSE. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto [inserções].”

Eleito deputado federal em 2018, Fábio Faria não disputou as eleições de 2022 e permaneceu à frente do Ministério das Comunicações. Dentro do QG bolsonarista, Faria é uma das lideranças que possui bom trânsito com o poder Judiciário, mas a coletiva, seguida da proporção que o assunto tomou, desapontou ministros da corte eleitoral. Conforme apurou o Correio, contudo, o clima ruim entre os ministros — o palaciano e os do poder Judiciário — teria sido resolvido

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/  
Zeudir Queiroz

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