Câmara vota mudanças no sistema político e eleitoral

Divulgação Web
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A Câmara Federal coloca, nesta terça-feira (26/05), em votação projetos que mudam o sistema político e eleitoral do País. O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), decidiu ignorar a definição do relatório do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) sobre a reforma política e decidiu levar várias propostas à apreciação do plenário. No conjunto de medidas a ser apreciado, estão o voto distrital para os municípios com mais de 200 mil eleitores – no Ceará, Caucaia e Fortaleza, financiamento de campanhas, fim da reeleição e das coligações e mudanças no projeto de iniciativa popular. Abaixo, confira a relação das principais propostas das mudanças no sistema político e eleitoral do Brasil que começam a valer a partir das eleições de 2016. Saiba quais são os principais pontos da reforma política debatida na Câmara Sistema eleitoral Modifica o sistema eleitoral atual, adotando o distritão para eleição de deputados e vereadores. Pelo sistema, são eleitos os mais votados em cada estado (deputados) e município (vereadores). Financiamento de campanha Mantém o financiamento misto de campanhas, como é hoje. Mas só permite a doação de empresas aos partidos, e não mais aos candidatos. Diz que partidos e candidatos não poderão arrecadar e gastar recursos de campanha sem tetos de gastos e de doações. Remete para lei fixar o teto de doações de pessoas físicas e jurídicas e de despesas com as campanhas de cada cargo ( teto das campanhas). Duração dos mandatos Aumenta de 4 para 5 anos os mandatos do presidente e vice-presidente da República, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores. O mandato de senadores, hoje de 8 anos, também passará a ser de 5 anos. Coincidência de eleições Propõe unificar as eleições no país. A partir de 2022, será realizada uma única eleição para todos os cargos eletivos e não como é hoje, com eleição em ano diferente para prefeitos e vereadores. Suplência de senadores Adota PEC já aprovada pelo Senado que mantém o suplente eleito sem voto. Hoje são permitidos dois suplentes. Pela nova regra, o senador terá um único suplente, que não poderá ser seu cônjuge ou parente até o segundo grau. Mandato tampão para prefeitos e vereadores Como a ideia é unificar as eleições, o projeto propõe mandato tampão de 6 anos para prefeitos e vereadores eleitos em 2016. Reeleição para cargos executivos Acaba com a possibilidade de reeleição do presidente da República, governadores e prefeitos. Abre exceção, permitindo a reeleição, para os governadores eleitos em 2014 e os prefeitos eleitos em 2016 (desde que não tenham já sido reeleitos). Coligações partidárias Acaba com as coligações partidárias nas eleições de deputados (federais e estaduais) e vereadores. Permite coligação apenas para cargos majoritários. Cláusula de desempenho dos partidos Para ter acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de rádio e TV para a propaganda partidária, a legenda terá que obter pelo menos 2% dos votos válidos para a eleição de deputados federais. Na primeira eleição, como regra de transição, o percentual será de apenas 1% dos votos válidos. Idade para se candidatar a senador Reduz de 35 para 30 a idade mínima para alguém se candidatar ao Senado. Projetos de Iniciativa Popular Reduz para 500 mil eleitores a exigência de assinaturas para apresentação de projetos de iniciativa popular, em pelo menos um terço das unidades da federação. Hoje a lei exige 1% do eleitorado, o que equivale a mais de 1,4 milhão de assinaturas. Fonte: Ceará Agora
Zeudir Queiroz

One thought on “Câmara vota mudanças no sistema político e eleitoral

  1. Valdenice de Paulo Pereira disse:

    APROVADO!!!!!

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