Fortaleza terá ato convocado pelo MBL contra Bolsonaro no próximo domingo, dia 12

Em Fortaleza, manifestantes irão se concentrar na Praça Portugal, às 13 horas, rumo à Avenida Beira-Mar. Organizadores convocam lideranças locais de partidos que devem aderir aos protestos a nível nacional

MBL esteve à frente dos protestos que ajudaram a derrubar Dilma Rousseff (foto: DIVULGAÇÃO )
O Movimento Brasil Livre (MBL), o Vem Pra Rua e o Juventude Livre organizam um super protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o próximo domingo, dia 12 de setembro. O ato começou a ser convocado nas redes sociais nos mês passado com a hashtag “#12SetForaBolsonaro”. Em Fortaleza, manifestantes irão se concentrar na Praça Portugal, às 13 horas, rumo à Avenida Beira-Mar. Organizadores convocam lideranças locais de partidos que devem aderir aos protestos a nível nacional. Matheus Linard, coordenador estadual do MBL no Ceará, conta que a previsão inicial era de que o ato seria mais tímido, tendo em vista a baixa repercussão do evento entre os cearenses. Em levantamento nas redes sociais, ele relata, no entanto, que o cenário mudou, antes mesmo das manifestações pró-Bolsonaro que aconteceram no dia 7 de setembro. Foi quando organizadores decidiram se mobilizar para ampliar o evento na Capital.

Nesta quinta-feira, 9, membros do Livres Ceará e do MBL estarão na Praça Portugal, às 19 horas, para uma mobilização convocando manifestantes para o próximo domingo. Já negociam a adesão em solo cearense Cidadania, PDT, PSB, Rede e PSDB. “Espero do PT ao Psol. Quem estiver disposto a vestir branco, a diminuir as diferenças em prol da defesa da democracia, é muito bem-vindo no nosso ato”, afirma Matheus Linard.

A organização defende que o movimento deve reunir o máximo de opositores, ainda que de posições políticas/ideológicas distintas, em uma espécie de frente ampla. Iniciativa semelhante aconteceu em 30 de junho, quando ex-aliados do presidente, dentre eles membros do MBL, oposição e movimentos da sociedade civil se reuniram em um “superpedido” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Apesar do episódio, esses setores, no entanto, não combinaram uma estratégia de mobilização nas ruas. O “#12SetForaBolsonaro” foi inicialmente pensado como uma alternativa a protestos contra o presidente que reuniram setores mais à esquerda no espectro político, e com bandeiras de defesa do ex-presidente Lula (PT). Para tanto, o ato começou a ser divulgado com o lema “nem Lula, nem Bolsonaro”.

O discurso mais inclusivo começou a ser incorporado após escalada autoritária do presidente da República e seus apoiadores, que culminou nas manifestações do 7 de setembro.

Em São Paulo, além de PSDB, MDB, Cidadania, Novo e Rede, os atos também devem contar com a presença de integrantes de partidos de esquerda, como PDT, PSB, PCdoB e Psol.

Em nota, o presidente do diretório do PDT de São Paulo, Antonio Neto, afirmou que a sigla participará dos atos de domingo. “É hora de unirmos forças da esquerda à direita pelo impeachment desse presidente tirano e incompetente. Todos aqueles que realmente querem a saída de Bolsonaro precisam estar juntos neste momento, sem cálculos eleitorais para 2022 e sem sectarismos oportunistas”.

À Folha de São Paulo, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) e a deputada estadual Isa Penna (Psol) também confirmaram presença na manifestação.

Fonte: https://www.opovo.com.br/
Zeudir Queiroz

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