Coronavírus cancela ato pró-Governo no domingo(15)

Um dos principais organizadores da manifestação que estava prevista para domingo (15) em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, o movimento Nas Ruas anunciou o adiamento do ato, em razão do agravamento da crise do coronavírus. “O momento agora é de união e responsabilidade”, disse em nota Marcos Bellizia, um dos coordenadores do grupo. Não há nova previsão de data.
Imagem de divulgação da Web
O ato tinha como objetivos apoiar o governo de Bolsonaro e pressionar o Congresso e o Supremo a aprovar reformas econômicas. “Pedimos que Congresso, governo e Supremo trabalhem juntos para a aprovação das reformas da forma mais rápida possível. Isso irá beneficiar 100% dos brasileiros”, afirmou Bellizia. Outro movimento, o São Paulo Conservador, também anunciou o adiamento dos atos. Até o início da semana, a possibilidade de cancelar o evento era descartada. O fato de o coronavírus ser considerado agora uma pandemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde) alterou o quadro. Antes do agravamento da crise, os movimentos obtiveram aval do Ministério da Saúde para realização dos atos. A consulta à pasta foi feita pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP), uma das entusiastas das manifestações. “Não somos irresponsáveis”, diz Edson Salomão, presidente do Movimento Conservador, ao afirmar que a orientação de manter a manifestação estava sendo reavaliada conforme a evolução da doença. “Estamos aguardando uma recomendação das autoridades competentes para tomar alguma decisão.” Em coletiva de imprensa nesta quinta, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não recomendou o cancelamento de eventos. “Não há nenhuma recomendação do governo do estado de São Paulo para cancelamento de eventos públicos de nenhum tipo, apenas a orientação para que pessoas com mais de 50 anos evitem aglomerações”, disse ele. As decisões, afirmou Doria, são sanitaristas e não têm “qualquer cunho político”. O governador se aliou ao bolsonarismo ao ser eleito em 2018, mas rompeu com Bolsonaro e pretende concorrer à Presidência em 2022. Saúde Mais cedo, o adiamento foi mencionado por deputados federais que apoiam Bolsonaro. “Os movimentos são pessoas sérias e não querem comprometer a saúde de quem está se mobilizando. O adiamento é razoável, a saúde pública vem em primeiro lugar”, disse Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP). A deputada Bia Kicis (PSL-DF) afirmou que Bolsonaro pediria o adiamento das manifestações. “Ele tem ouvido apoiadores e organizadores e tem ponderado sobre a importância de preservar a população mais vulnerável, os idosos, sempre presentes”, afirmou. Bolsonaro fará um pronunciamento na noite desta quinta em cadeia nacional de televisão e rádio. Segundo assessores presidenciais, ele deve pedir à população que não participe dos protestos. Fonte: O Estado – CE
Zeudir Queiroz

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