POPULAÇÃO INDÍGENA DO CEARÁ LUTA POR TERRITÓRIO

A população indígena do Ceará é composta por cerca de 22 mil índios divididos em 14 etnias. Atualmente, a luta deste nativos do Brasil é a regularização do seu território de direito em todo o País. Apesar disso, representantes da Fundação Nacional do  Índio no Ceará (Funai/CE) apontam melhoria na saúde e educação das tribos no Estado.
De acordo com o assistente técnico da Coordenação Regional da Funai e coordenador da Organização dos Professores Indígenas do Ceará, Weibe Tapeba, os índios enfrentam uma “batalha” por suas terras, que são tomadas para construção de grandes empreendimentos.

“A maior parte dos povos indígenas do nosso Estado ainda não conseguiu efetivar o direito do acesso e posse aos territórios indígenas. São objetos de especulação imobiliária de interesse de grandes empreendimentos, desde complexo hoteleiro a campo de golfe, até empreendimentos do próprio governo brasileiro, através da passagem de linhas de transmissões, gasoduto, ferrovias, rodovias estaduais e federais, então as terras indígenas hoje são muito impactadas por conta desses empreendimentos”, relata.
Educação e Saúde
Weibe Tapeba, que é representante da etnia Tapeba, afirma que a educação e saúde da população indígena tem sofrido avanços nos últimos anos. Segundo ele,  42 escolas fazem parte da rede de ensino estadual destinada aos povos indígenas, destas, 12 somente para os tapebas. “Antes as aulas eram ministradas embaixo de árvores, dentro de galpões, hoje conquistamos nosso espaço. São 350 professores indígenas que ministram aulas”, diz.
Um das professoras da Escola Indígena Tapeba, Leidiane Tapeba, explica como funciona o processo ensino na instituição. “Nós ensinamos o mesmo conteúdo das escolas convencionais, mas focamos principalmente na cultura do nosso povo. Trabalhamos a disciplina de cultura indígena, medicina e oralidade”.
Já em relação à Saúde, os representantes da tribo Tapeba dizem que a medicina convencional ainda é utilizada sob o domínio dos mais velhos da etnia e repassada para os filhos. “Além do uso da medicina tradicional – ervas, raízes, leite, animais – temos acesso ao posto de saúde”, relata o assistente técnico da Funai.
Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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