A Câmara Municipal de Santa Quitéria, a 222 quilômetros de Fortaleza, foi palco de uma “compra de mandato”, negociada entre um vereador e sua suplente.
Sandra Braga obteve 318 votos na eleição do ano passado, ficando na condição de primeira suplente do PTB.
Mas, para substituir durante quatro meses a vaga do vereador Charles Padeiro, Sandra e seu marido aceitaram pagar quatro cheques pelo pedido de licença do parlamentar.
No dia 25 de outubro, Charles “quebrou o acordo” e retornou à Câmara. Revoltada, a suplente entregou a negociata na Tribuna da Casa.
“Corrupto! Você negociou com meu marido o meu mandato. Tem seu nome nos cheques. Seja homem, cumpra sua palavra”, disse Sandra Braga, sem falar em valores.
A suplente acusa, ainda, o partido de ter exigido sua saída antecipada do cargo em retaliação à sua postura de oposição ao prefeito do município, Fabiano Lobo (PMDB).
“Eu prefiro sair. Entregar meu mandato ao dono do que apoiar o prefeito. Ele tomou meu mandato, mas não tomou minha dignidade”.
Algacy Filho, do PMDB, interrompeu a fala da vereadora para dizer que o ato de comprar mandato também é questionável.
“Você não é tão certa assim. Quem compra é corrupto do mesmo jeito de quem vende”. A Sessão da Câmara Municipal de Santa Quitéria, no último dia 25, chegou a ser suspensa temporariamente por causa do acirramento entre os parlamentares.
A pena prevista para os envolvidos em crime de corrupção é de seis a oito anos de prisão. Agora, o Ministério Público deverá investigar a denúncia.
Fonte: Aqui CE.
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