Após 26 anos, mãe reencontra filho com ajuda de policial militar de Juazeiro do Norte, no Ceará

Sem ver um de seus filhos há 26 anos, a moradora de Itabuna, no interior da Bahia, Maria Nilza Batista, viajou 997 quilômetros até Juazeiro do Norte, no Ceará, pediu ajuda à Policia Militar e reencontrou o filho, Saulo Batista Taveira Sousa, nesta sexta-feira (23), na sede do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Município.

Após quase 30 anos, mãe e filho estão ansiosos para recuperar o tempo perdido. — Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

O responsável por promover o tão esperado encontro foi o sargento Paulo Neto, da PM de Juazeiro. De acordo com o agente de segurança, o momento foi de emoção. “Me coloquei no lugar do filho que há quase 30 anos não via a mãe. A felicidade estava estampada nos olhos”, afirma o policial.

O PM relatou à reportagem que Nilza chegou à sede do 2º BPM de Juazeiro do Norte “aflita” a procura de um filho que não via há muito tempo. O sargento, então, fez as apurações iniciais, gravou um vídeo com a mulher e publicou o apelo em suas redes sociais. As imagens chegaram a um tio de Saulo, que entrou logo em contato com ele e informou que sua mãe o procurava.

Saulo tinha apenas dois anos quando teve que se separar da mãe para morar com o pai, em Juazeiro do Norte. Maria Nilza já tinha dois filhos quando engravidou do pai de Saulo, cearense que trabalhava viajando, e acabou cruzando o caminho da baiana em Itabuna, no Sul da Bahia.

Sem ter mais condições de sustentar os três filhos, ela aceitou que Saulo fosse viver com o pai. Hoje, Nilza é mãe de oito filhos e conta que sempre sentiu saudade e vontade de reencontrar o filho. “Dizem que as pedras se encontram, né? Quem dirá as pessoas. Hoje estou aqui com ele, graças a Deus. Vim de longe para encontrar ele. Foi difícil, mas eu vim”, desabafa.

Emoção

Saulo reconhece as dificuldades que passou por ter sido criado sem a presença da mãe, mas afirma que nunca perdeu a esperança. “Depois de tanto tempo a gente fica um pouco pensativo. É muito tempo longe, e mãe é uma coisa tão boa na vida de um ser humano. Eu imaginava que esse encontro ia acontecer, a gente sempre espera o melhor, né?”, comenta.

Após quase 30 anos, mãe e filho estão ansiosos para recuperar o tempo perdido. Saulo afirma que “independente do que tenha acontecido, o que importa é o final feliz”.

Fonte: https://g1.globo.com/

Zeudir Queiroz

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