Tinder e outros aplicativos de encontro estão aumentando casos de DSTs

Robson Cavalcante
Young woman reading text messages on city street
Jovem sorrindo enquanto utiliza app – Getty Images
A facilidade oferecida pelos aplicativos de namoro na vida dos mais tímidos pode até ser positivo para os mais tímidos, mas a contrapartida, ao que parece, tem um preço muito alto. Isso porque Tinder e Grindr, por exemplo, são apontados agora como grandes responsáveis pelo aumento assustador de casos de sífilis, gonorreia e HIV, de acordo com especialistas. Os Estados Unidos, onde uma pesquisa sobre o assunto foi realizada, registram que o índice de infectados com a sífilis subiu 79% entre 2013 e 2014, período coincidente com o sucesso dos aplicativos. Infecções por gonorreia, por sua vez, subiram em 30%, e por HIV, 33%, segundo dados do departamento de saúde de Rhode Island publicados pelo jornal Daily Mail. A diretora do órgão, Nicole Alexander-Scott, não tem dúvidas sobre a responsabilidade do Tinder e similares sobre os dados. — É um claro sinal de que, embora já tenhamos feito muito progresso na redução de doenças sexualmente transmissíveis ao longo dos anos, ainda resta muito trabalho a ser feito. Além dos aplicativos, os especialistas enxergam as mídias sociais e a facilidade para se conhecer pessoas atualmente como outro ponto preocupante. Sexo seguro: fique longe das principais DST´s De acordo com Nicole, a tecnologia reforça o comportamento sexual de risco. — Nossa sorte aqui em Rhode Island é ter grandes parcerias com agências estatais, organizações de auxílio à comunidade e programas de saúde para nos ajudar a continuar com a educação, diagnósticos e tratamento das DSTs. Especialista em HIV, a médica Rosemary Reilly-Chammat acrescenta que nunca é cedo demais para conversar e aprender sobre as doenças sexualmente transmissíveis, seja com o auxílio de profissionais médicos, seja com a família ou na escola. Câncer de próstata pode ser sexualmente transmissível, dizem cientistas Rosemary Gillespie, executive-chefe do escritório britânico do Terrence Higgins Trust, acredita que os aplicativos tenham um papel decisivo na prática do sexo sem proteção. — Estes aplicativos deram às pessoas a oportunidade de conhecer mais potenciais parceiros sexuais do que antes. Fonte: R7

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