Bolsa Família reduziu desigualdade na educação e melhorou indicadores de saúde, diz ministra

Dez anos depois da criação do Bolsa Família, estudos apontam que o programa melhorou indicadores de saúde e contribuiu para o empoderamento da mulher e o desenvolvimento regional, foi o que disse nesta quarta-feira, 30, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Em cerimônia durante comemoração dos dez anos do programa, a ministra destacou que a iniciativa foi decisiva para diminuir a desigualdade educacional no país, porque cresceu a proporção de crianças com 15 anos na série escolar adequada entre os 20% mais pobres. Segundo a ministra, a distância entre esse grupo e o restante da população caiu 37% no período. A frequência escolar é condição para a família receber o benefício. Ainda de acordo com a ministra, 15 milhões de alunos são beneficiados pelo programa. Tereza Campello informou que a taxa de permanência das crianças do programa é maior em todos os períodos do ciclo escolar e o índice de aprovação dos alunos já alcançou a média nacional, tendo superado esse patamar no ensino médio. No Nordeste, por exemplo, a taxa de aprovação dos beneficiários está acima da média nacional em todo o ciclo escolar. Além disso, 99,1% das crianças do programa são vacinadas. No período, os dados revelam que as mortes por diarreia caíram 46% e por desnutrição, 58%, nos municípios com alta cobertura. “Esses estudos evidenciam que, no caso das crianças do Bolsa Família, os efeitos virtuosos se acumularam. A mãe fez pré-natal, se alimentou, o menino nasceu com peso adequado, forte, tomou as vacinas, foi acompanhado, comeu direito e venceu, ultrapassou uma barreira e está onde seus pais nunca estiveram. Aos 5 anos, está em condição similar à das demais crianças e pronta para entrar na escola”, disse a ministra. Atualmente, o programa atende a 13,8 milhões de famílias em todo o território nacional. “A redução da extrema pobreza no Brasil chegou a 89% na década”, disse. Um estudo apresentado este mês pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Bolsa Família também estimula a economia do país, por meio do consumo da camada mais pobre da população. Segundo o estudo, cada R$ 1 investido no programa de transferência de renda provoca aumento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB). Presente à cerimônia, a moradora de Guaíba (RS), Odete Terezinha Dela Vachio, 45 anos, uma das beneficiárias, disse que o benefício ajuda na qualificação. “Ele ajuda as pessoas a se qualificarem. Agência Brasil
Zeudir Queiroz

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