Na principal cidade do Sertão Central cearense, formações rochosas inusitadas abrem caminhos para passeios inesquecíveis que misturam lazer e doses de aventura a gosto do viajante
Amar é comprazer-se no belo, numa aventura heroica e insuperável. A frase de Rachel de Queiroz remete ao seu amor por Quixadá. A romancista fortalezense adorava o lugar e o adotou como seu lar interiorano, revelando alguns dos cenários do destino em seus trabalhos literários. A Fazenda Não Me Deixes era sua maior inspiração. Ali, a escritora passava meses a fio, independentemente de ano seco ou chuvoso.
A Pedra da Galinha Choca se une ao Cedro para compor uma bela paisagem FOTOS: LEIDIANE VALLI
O tempo passou, a cidade do Sertão Central cearense cresceu, aprendeu a conviver melhor com as intempéries e, afinal, descobriu nas suas belezas, há muito relatadas por Rachel de Queiroz, a fórmula ideal para o desenvolvimento. O turismo é o caminho a percorrer.
A infraestrutura do destino vem sendo aprimorada para atrair visitantes das mais variadas preferências, graças à parceria entre a iniciativa privada e o poder público que começa a florescer no Sertão. A hotelaria partiu na frente, harmonizando-se com a paisagem ao redor, oferecendo diferenciais em acomodações e investindo em eventos para movimentar salões e espaços gastronômicos.
No destino sertanejo cearense, não faltam opções de diversão para os visitantes, que apreciam e podem escalar os intrigantes monólitos FOTO: FERNANDO BRITO
O processo de estruturação avança. Em paralelo, Quixadá se oferece aos turistas o ano inteiro, chova ou faça sol, convidando-os a desbravar o Vale Monumental, recheado de imensos monólitos que aguçam a imaginação, favorecem escaladas e se transformam em mirantes naturais. Há quem diga que a vastidão de pedra é também o abrigo seguro na Terra escolhido por ETs em seus discos voadores.
Neste contexto, os monólitos são ponto privilegiado de decolagem para voo livre e abrigam o Santuário Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão, onde a fé brilha e se renova, cristaliza-se no coração dos fieis e faz “mover montanhas” que estorvam o nosso caminho. Naquele pedaço do céu, o turista torna-se um peregrino e fica mais perto de Deus.
O Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão abre espaços para o turismo religioso em Quixadá, que passou a contar com um empreendimento hoteleiro diferenciado para acolher os novos visitantes Fotos: Alex Pimentel / Leidiane Valli
Na paisagem sertaneja, o açude imperial do Cedro é um mar de água doce que se renova a cada inverno, produz vida e convoca para o banho refrescante, a pescaria e a prática de esportes náuticos no espelho majestoso. Passeios de barco ganham adeptos ao permitirem a visão do manancial sob novos ângulos, em especial a perfeita composição com a pedra da Galinha Choca, que forma a mais conhecida paisagem turística de Quixadá.
Fonte: Diário do Nordeste
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