Acusado de participar da morte de universitário é condenado a 20 anos

A Justiça condenou Carlos Natiel Paula Firmino – um dos acusados de matar o estudante de Direito Mardônio Rodrigues Freire Júnior – a 20 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. O crime ocorreu em março deste ano, quando ele e mais dois adolescentes cometeram um latrocínio (roubo seguido de morte) contra a vítima, no bairro Henrique Jorge. A decisão foi proferida pela 14ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, no último dia 11 de setembro. Conforme o processo, o estudante de Direito trafegava em uma avenida, quando foi surpreendido pelo trio, que tinha como objetivo roubar o veículo da vítima. De acordo com os autos, um dos adolescentes colocou uma arma na cabeça de Mardônio, que estava com o vidro do carro aberto e, após se assustar com a ação dos assaltantes, arrancou com o automóvel. Neste momento, o jovem teria atirado no universitário. Depois de ser atingido, a vítima colidiu o carro contra um canteiro. Natiel foi o responsável por assumir a direção do veículo. De acordo com a Justiça, o grupo seguiu por alguns metros até colidir em uma árvore na mesma avenida. Com a batida, Natiel e um dos adolescentes fugiram do local, deixando o outro jovem ferido, ainda com a arma do crime. Segundo os autos do processo, mesmo que Natiel não tenha efetuado os disparos contra Mardônio, a ação de dar apoio aos adolescentes e retirar o corpo da vítima baleada do interior do veículo e jogá-lo próximo ao canteiro, assumindo a direção do automóvel, o condena como responsável pela morte do universitário. Além disso, o julgamento considera que todos os envolvidos se dispuseram a participar de um roubo, com a consequente divisão de tarefas e com atuação determinada na empreitada criminosa, prestando auxílio um ao outro. Depoimento Durante o depoimento do acusado, ele confessou a participação no crime do estudante. Natiel afirma que não sabia que um dos adolescentes estava armado, que só teria descoberto quando o jovem disparou contra a vítima. Ele diz ainda que só participou da ação porque se sentiu ameaçado pelo adolescente armado. Fonte: O Povo