Projeto “No Clima da Caatinga” ensina comunidades a aliar proteção ambiental com trabalho agrícola
Crateús. O desmatamento e as queimadas são uma das principais causas da destruição da caatinga nordestina. No sertão brasileiro, as queimadas são usadas amplamente pelos agricultores para limpar a o terreno e preparar o solo para o plantio. E isso acontece justamente no período antes da chuva, quando a vegetação seca, o sol forte e os ventos favorecem o alastramento do fogo, podendo causar incêndios florestais. Dezembro é o mês em que mais ocorrem queimadas no Ceará.
Por isso uma das ações do projeto “No Clima da Caatinga”, realizado pela Associação Caatinga e patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, está capacitando 300 agricultores e agricultoras de 20 comunidades do entorno da Reserva Natural Serra das Almas, neste Município. A ideia é ensinar aos agricultores técnicas de queimadas controladas e manejo correto do solo, reduzindo os impactos ambientais e evitando que a área entre em processo de desertificação.
Segundo a coordenadora de Tecnologias Sustentáveis do projeto, Railda Machado, a capacitação possibilita melhoria na qualidade de vida dos beneficiados, bem como maior sustentabilidade para uma dos biomas mais frágeis e degradados do País. “O projeto tende a melhorar a qualidade de vida das comunidades, de modo que possam desenvolver suas atividades na agricultura de maneira mais sustentável”, reflete. A capacitação, transferência e apoio às comunidades na apropriação de tecnologias sustentáveis de conservação e uso sustentável da caatinga contribuirão para a redução da pressão degradadora sobre as matas.
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