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O secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Servilho Paiva, defendeu mudanças no programa Ronda do Quarteirão e destacou o prazo de 30 dias para serem estabelecidas alterações na segurança pública. Ontem, Servilho participou de debate com deputados na Assembleia Legislativa. Para o secretário, o Ronda do Quarteirão passa “por um novo momento”.
O mote das respostas de Servilho para os questionamentos dos deputados se estruturou com base na defesa de um novo programa de gestão. Sem tecer críticas diretas ao antigo secretário, coronel Francisco Bezerra, Servilho pontuou a falta de metas e de um acompanhamento definido do Ronda do Quarteirão. “Como qualquer programa, ele se iniciou e deveriam ter sido corrigidos elementos que no início não foram visíveis àqueles que o implantaram”, afirmou.
O secretário disse que, após um primeiro momento em que o Ronda atingiu sociabilidade, estabelece-se agora a necessidade de ação e pró-atividade. Como uma das mudanças, Servilho citou o patrulhamento nos bairros com os vidros dos carros abaixados. “A gente tem de mudar. A postura de baixar os vidros para poder patrulhar melhor é até para a segurança dele (policial). Ele precisa baixar o vidro, sair da zona de conforto”, frisou.
Alterações
A partir da conclusão do levantamento de dados da situação da segurança pública no Ceará, Servilho anunciou um projeto que deve redefinir as áreas de patrulhamento na cidade, as respectivas necessidades de cada local e os gestores responsáveis por estabelecer as melhorias.
O prazo para as alterações desse projeto, segundo o secretário, é de 30 dias. “Isso depende de alguns elementos que a gente não tem efetivamente a governança, mas a necessidade exige que a gente seja mais célere”, salientou Servilho.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O secretário justificou a necessidade de mudanças no modelo adotado pelo Ronda, dizendo que precisam ser corrigidos erros que no início não foram detectados pelos responsáveis por seu processo de gestão.
Bastidores
O debate durou cerca de seis horas. Servilho ausentou-se apenas por um breve instante.
Deputados eleitos com a bandeira da segurança, como Ferreira Aragão (PDT) e Delegado Cavalcante (PDT) não participaram do debate. Ely Aguiar (PSDC) está licenciado.
De 46 deputados, apenas 13 participaram da discussão: Eliane Novais, Fernanda Pessoa, João Jaime, Idemar Citó, Manoel Duca, Tin Gomes, Carlomano Marques, Antônio Carlos, Camilo Santana, Rachel Marques, Heitor Férrer, Mauro Filho e Augustinho Moreira.
Não houve hostilidade entre Servilho e deputados como aconteceu na visita do ex-secretário Francisco Bezerra, em agosto.
O vereador Cap. Wagner (PR) novamente ficou ao lado da deputada Fernanda Pessoa (PR) no início do debate.
Jéssica Welma
Fonte: O Povo Online