Na noite do último domingo (18), o governador Camilo Santana (PT) informou que o padre Lino Allegri, que foi hostilizado por bolsonaristas durante uma missa em Fortaleza, está recebendo proteção da Polícia Militar do Ceará para garantir a sua integridade física. Além disso, as ameaças sofridas pelo sacerdote estão sendo alvo de um inquérito aberto pelas forças de segurança do Estado.
“Inaceitável a atitude desses que se dizem cristãos ‘invadirem’ uma igreja para insultar e intimidar um líder religioso”, classificou Camilo Santana por volta das 20h.
Em seguida, o governador acrescentou que tomou medidas para garantir a segurança do sacerdote. “Informo que desde a semana passada determinei ao nosso secretário da Segurança para não só enviar policiais para garantir a integridade do Padre Lino como instaurar inquérito para apurar qualquer tipo de ameaça contra ele. Não iremos aceitar que atitudes como essa, de ódio e intolerância, fiquem impunes”, escreveu o petista.
Posteriormente, o prefeito da Capital, José Sarto, também usou as redes sociais para se posicionar sobre este caso. “É inaceitável a hostilização sofrida por padre Lino Allegri, a quem dedico minha solidariedade. Mais um grave episódio de intolerância e uma afronta aos ensinamentos cristãos”, escreveu.
Sarto acrescentou, ainda, o seu apoio às medidas tomadas pelo governador do Estado. “Ressalto aqui meu apoio ao governador Camilo Santana, que determinou a investigação para apurar as ameaças. Que os autores sejam devidamente responsabilizados”.
O padre Lino Allegri, que tem mais de cinco décadas de vida sacerdotal, foi hostilizado no começo do mês, durante a celebração de uma missa. Na ocasião, pelo menos oito pessoas invadiram o templo e hostilizaram o sacerdote pelas críticas feitas por ele sobre a condução da pandemia do presidente Bolsonaro.
Em uma celebração no dia 4 de julho, o padre lembrou os mortos pela pandemia e ressaltou que parte destas vítimas poderiam ter sido evitadas com uma melhor condução da crise. Por conta dessas declarações, os fiéis voltaram no final da missa e hostilizaram o sacerdote. Na semana seguinte, no dia 11 de julho, os apoiadores do presidente voltaram ao local e chegaram a expulsar o sacerdote que celebrava a missa, o padre Ermano Allegri, irmão de Lino.
Fonte: https://gcmais.com.br/
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