Eleições 2024

Operação Vis Occulta desarticula esquema de compra de votos no Ceará

Operação do Ministério Público Eleitoral e da Polícia Federal cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra políticos e empresários em Fortaleza nesta quinta-feira

O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira (5) a Operação Vis Occulta, com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso envolvido em compra de votos e financiamento ilícito de campanhas eleitorais em dezenas de municípios do Ceará. A ação resultou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão contra políticos e empresários em Fortaleza, além de medidas cautelares aplicadas a cinco investigados, como recolhimento domiciliar noturno e o uso de tornozeleira eletrônica.

Os mandados foram autorizados pelo Juízo da 3ª Zona Eleitoral e, devido ao sigilo das investigações, os nomes dos alvos não foram divulgados.

Esquema de Caixa 2

De acordo com as investigações, o grupo utilizava recursos de caixa 2, obtidos por meio de contratos públicos fraudulentos direcionados a empresas vinculadas à organização criminosa, para financiar a compra de votos e influenciar resultados eleitorais.

Os agentes realizaram buscas em endereços na capital cearense para coletar mais provas que possam corroborar as denúncias. As informações obtidas serão compartilhadas com as Promotorias Eleitorais de Canindé e Choró, onde ações impugnativas podem ser propostas no âmbito eleitoral.

Conexão com a Operação Mercato Clauso

A Operação Vis Occulta é um desdobramento da Operação Mercato Clauso, deflagrada pelo MP Eleitoral em outubro, que investigou práticas ilícitas similares em Fortaleza, Canindé e Choró.

Ampliação das Investigações

Os dados coletados serão compartilhados com outros órgãos, como:

  • Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), para investigar o possível envolvimento de servidores públicos cooptados pelo grupo.
  • Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP), para apurar fraudes em licitações e outros contratos relacionados às atividades da organização criminosa.

Essa operação reforça o compromisso do Ministério Público e da Polícia Federal em combater práticas ilegais que comprometem a integridade do processo eleitoral e os recursos públicos.

Com informações do Jornal O Estado CE

Zeudir Queiroz