O secretário de Comunicação do PT, Alberto Cantalice, afirmou nesta sexta-feira (18) que o comando do partido se reunirá com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agendar suas viagens pelo país em defesa do governo federal.
Lula fará uma defesa enfática da política econômica adotada no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, embora não concorde com as medidas.
“Isso é que esperamos dele”, disse Cantalice.
O secretário nacional da Juventude do PT, Jefferson Lima, conta que na terça-feira, durante reunião no Instituto Lula, ele pediu que jovens apoiassem o governo contra o impeachment.
“Temos que apoiar o pacote, infelizmente”, disse Lula, segundo relato de Jefferson.
A avaliação do grupo lulista é que a crise atingiu ponto preocupante e que qualquer novo erro do governo pode dar o empurrão que falta para a Câmara deflagrar, e aprovar, a abertura de um processo de deposição de Dilma.
Por isso, Lula, apesar de não ter sido consultado antes de o governo apresentar as propostas, na segunda (14), e não concordar com pontos do pacote, defenderá as medidas, como a recriação da CPMF.
Ele já havia dito a interlocutores que “irá para rua” em favor da iniciativa de Dilma para salvar a economia.
Aliados afirmam que o petista sabe que a única alternativa é apoiar o governo.
Partido
O Partido dos Trabalhadores, por sua vez, chamou nesta quinta-feira (17) de “impopular” o pacote de ajuste fiscal e propôs a reorientação da política econômica.
“O PT está convicto de que, com a continuidade do nosso projeto -e não por meio de concessões às políticas de austeridade antipopulares- será possível suplantar os obstáculos atuais”, diz nota do partido texto.
A sigla, no documento, declara apoio ao movimento de economistas em busca de alternativas à política econômica implementada pelo governo Dilma.
Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a reorientação da política econômica foi definida no congresso nacional do partido, realizado em junho em Salvador, na Bahia.
O PT propõe ainda a fixação de piso para a incidência da CPMF -o que deixaria os mais pobres isentos do tributo.
Segundo Falcão, a intenção é de que a bancada do PT lidere esse movimento no Congresso Nacional.
Apesar das críticas à política econômica, o PT decidiu apoiar o ajuste. O apoio foi aprovado por 11 votos contra quatro integrantes da executiva nacional do partido.
Fonte: Diário do Nordeste
- Deputado Apóstolo Luiz Henrique condena divisão entre fiéis e discurso de ódio na política - 21 de novembro de 2024
- Feirão SPC Brasil: renegociação de dívidas com descontos de até 99% - 21 de novembro de 2024
- Suspeito de abuso sexual contra crianças e adolescentes é preso em flagrante em Acaraú - 21 de novembro de 2024