Eliomar Cardoso da Silva, candidato a vereador em Iguatu, Ceará, que simulou o próprio sequestro, anunciou a desistência de sua candidatura e teve a filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT) suspensa nesta segunda-feira (2). O caso, que ganhou ampla repercussão, ocorreu na cidade localizada a cerca de 389 quilômetros de Fortaleza.
Eliomar foi encontrado amarrado com arame farpado e alegou ter sido vítima de um sequestro orquestrado por uma organização criminosa. No entanto, após investigação da Polícia Federal, ficou comprovado que o sequestro era uma farsa, e o próprio Eliomar confessou ter forjado o crime.
Atualmente, o nome de Eliomar já consta como “inapto” no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com um aviso de renúncia registrado em sua candidatura. No documento, assinado por ele, a desistência é justificada por “razões de saúde e necessidade de tratamento médico”. A Justiça Eleitoral já homologou a renúncia.
Em comunicado oficial, o PT informou que abriu um processo disciplinar contra Eliomar e suspendeu sua filiação como medida cautelar, devido à gravidade dos fatos. “Caso os acontecimentos sejam confirmados, serão condenados sob todas as formas”, declarou o partido.
Eliomar Cardoso será indiciado por falsa comunicação de crime, conforme estabelece o artigo 340 do Código Penal Brasileiro. A Polícia Federal destacou que o caso começou quando o candidato relatou o suposto sequestro às autoridades, mas inconsistências surgiram durante a investigação, levando à sua confissão.
O caso gerou grande repercussão, alimentando a disseminação de fake news nas redes sociais e na imprensa. O Ministério Público Eleitoral solicitou à PF documentos relacionados à investigação e está avaliando a possibilidade de requerer a cassação da candidatura de Eliomar.
Eliomar declarou R$ 155 mil em bens, incluindo um imóvel avaliado em R$ 120 mil e um automóvel de R$ 35 mil. Ele é servidor público municipal e técnico em enfermagem.
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Com informações do Gcmais
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