Os recursos do PT e do PL à decisão do TRE-PR pela absolvição do senador serão julgados nos dias 19 e 21 de maio; partidos acusam o ex-juiz da Lava-Jato de abuso de poder econômico
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu as datas de 16 e 21 de maio para o julgamento dos recursos que buscam a cassação do senador Sérgio Moro (União-PR). Os recursos foram apresentados pelo PT e pelo PL contra a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que absolveu Moro das acusações por cinco votos a dois em abril.
Os partidos acusam Moro de ter cometido abuso de poder econômico, alegando que, durante a pré-campanha em 2022, ele teria utilizado recursos de forma irregular. Na época, ainda no Podemos, o ex-juiz da Operação Lava-Jato realizou atos em sua pré-candidatura à Presidência, o que, segundo as siglas, teria gerado uma “desvantagem ilícita” em relação aos demais candidatos devido aos “altos investimentos financeiros” realizados antes de mudar de partido e se candidatar ao Senado pelo União Brasil.
Ministério público apresenta gastos
O Ministério Público aponta que foram gastos cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com contratações de produção de vídeos para promoção própria e de consultorias eleitorais. O PL indica gastos supostamente irregulares de R$ 7 milhões, enquanto o PT afirma que o senador teria gasto R$ 21 milhões.
Em caso de cassação, uma nova eleição para a vaga no Senado poderá ocorrer no Paraná. No PT, os deputados Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann são mencionados como possíveis nomes do partido para a disputa.
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Com informações do Correio Brasiliense
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