Queiroga diz que fechar fronteiras é preciso para cepa não atingir o Brasil

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, justificou a decisão do governo brasileiro de fechar fronteiras a seis países africanos como “necessária” para que a nova variante do coronavírus, descoberta na África do Sul e batizada com o nome de ômicron, não cause “impacto grave” ao Brasil. Segundo Queiroga, a decisão foi tomada em conjunto e será assinada pelos Ministérios da Saúde, Justiça e Segurança Pública, Casa Civil e Infraestrutura. Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não se manifestou publicamente sobre a decisão. “A portaria será publicada amanhã e deverá vigorar a partir de segunda-feira”, completou Queiroga, nas redes sociais. A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou hoje que a nova cepa do SARS-CoV-2, a ômicron, é uma variante de preocupação (VOCs), a quinta classificada dessa forma. Mas essa nova variante surpreendeu os cientistas pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio. O órgão máximo da Saúde no mundo aponta que a variante foi detectada a taxas mais rápidas do que os surtos anteriores de infecção. “Esta variante tem um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. As evidências preliminares sugerem um risco maior de reinfecção, em comparação com outras variantes”, alertou a OMS. “Nas últimas semanas, as infecções na África do Sul aumentaram acentuadamente, coincidindo com a detecção da variante B.1.1.529. A primeira infecção B.1.1.529 confirmada conhecida foi de um espécime coletado em 9 de novembro de 2021.” Agora à noite, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que o Brasil fechará, a partir de segunda-feira, as fronteiras aéreas para seis países da África por causa da nova variante do coronavírus. “Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia”, escreveu Nogueira. A restrição afetará os passageiros oriundos de África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Fonte: Folhapress  
Zeudir Queiroz

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