Eleições 2024

PT pressiona Dilma a romper com Eduardo Campos

Integrantes da cúpula do PT estão pressionando a presidente Dilma Rousseff para declarar seu divórcio do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que ameaça romper com o governo para desafiá-la nas eleições de 2014.

O objetivo é afastar o que os petistas veem como um aliado ambíguo, que passou a criticar o governo publicamente de forma metódica sem abrir mão dos cargos que tem na administração federal.

No PT, os que defendem o expurgo de Campos e seus aliados argumentam que assim teriam maior liberdade para tratá-lo como adversário, revidar seus ataques e expor as suas fragilidades.

Além disso, os petistas querem os cargos que ele controla na máquina para contemplar outros partidos da base insatisfeitos com o espaço que têm no governo. Avaliam ser melhor entregá-los a siglas comprometidas com o apoio à reeleição de Dilma.

O PSB controla atualmente o Ministério da Integração Nacional, a Secretaria Especial de Portos e a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), uma das maiores estatais do setor elétrico.

O PP, que apoia Dilma e tem o Ministério das Cidades, já deixou claro que gostaria de assumir também a Integração Nacional, hoje nas mãos de Fernando Bezerra, indicado por Campos.

Bezerra defende a reeleição de Dilma. Políticos de Pernambuco apostam que ele trocará o PSB pelo PT para disputar o governo do Estado com o apoio da presidente. Ele nega que esteja de mudança de partido.

Dilma não respondeu a nenhuma das críticas mais duras que Campos fez contra sua gestão, embora as tenha considerado acima do tom. Na semana passada, ele usou o programa de rádio e TV do PSB para dizer que o partido tem melhores condições de fazer o Brasil avançar.

A presidente hesita em ceder às pressões do PT para endurecer com Campos, porque teme transformá-lo em vítima. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal conselheiro, concorda.

No início de abril, num encontro reservado com a sucessora, ele disse ainda considerar possível que Campos simplesmente desista de concorrer à Presidência em 2014.

Exatamente por isso, Lula tem adiado um encontro com o governador. Quer lhe dar tempo para rever seu projeto.

Mas quem acompanha a rotina e o humor da presidente afirma que ela está farta dos ataques do governador. (da Folhapress)

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O objetivo da pressão dos petistas à Dilma é afastar Eduardo Campos como “aliado ambíguo”, que está criticando o governo publicamente de forma metódica sem abrir mão dos cargos que tem na administração federal.

Fonte: http://www.opovo.com.br

Zeudir Queiroz