Corporação apontou os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa
A Polícia Federal (PF) anunciou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras 36 pessoas no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. O relatório final foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21). Entre os indiciados estão ex-ministros, militares e líderes políticos, como Augusto Heleno, Braga Netto e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Crimes Investigados
Os indiciados responderão pelos crimes de:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado;
- Organização criminosa.
Investigação
A PF afirmou que o indiciamento é baseado em provas robustas coletadas ao longo de quase dois anos de investigação, incluindo:
- Quebra de sigilos (telemático, telefônico, bancário e fiscal);
- Colaborações premiadas;
- Buscas e apreensões;
- Outros procedimentos autorizados pela Justiça.
“Essas medidas forneceram evidências suficientes para identificar a participação dos indiciados nas ações que buscavam subverter a ordem democrática do país”, declarou a PF.
Lista Completa dos Indiciados
- Jair Messias Bolsonaro (Ex-presidente da República)
- Valdemar Costa Neto (Presidente do PL)
- Walter Braga Netto (Ex-ministro da Defesa)
- Augusto Heleno (Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
- Outros nomes incluem ex-ministros, militares de alto escalão, políticos e assessores próximos de Bolsonaro.
A lista completa dos 37 indiciados está disponível nos registros oficiais do inquérito.
Repercussão
O indiciamento de Bolsonaro marca mais um capítulo em uma série de investigações envolvendo o ex-presidente, que já enfrenta acusações relacionadas à disseminação de fake news, desinformação sobre vacinas e interferência no processo eleitoral.
Próximos Passos
Com o envio do relatório final ao STF, caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se apresentará denúncia formal contra os indiciados. Caso a PGR opte por denunciar, o STF decidirá se aceita as acusações e transforma os indiciados em réus.
O caso reflete a intensificação do trabalho das instituições brasileiras em garantir a responsabilização de atos que ameaçam o Estado Democrático de Direito.
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Com informações do R7
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