Brasília No documento que será apresentado como uma espécie de plano de governo do vice-presidente Michel Temer para a área social, o PMDB prega a transferência “para o setor privado tudo o que for possível em matéria de infraestrutura”.
A menção ao aumento das privatizações e concessões integra o capítulo do estudo intitulado “A Travessia Social” que trata da “regeneração do Estado”.
O plano afirma ainda que o governo precisa estabelecer um novo modelo de relações com o setor privado, inclusive modificando a atual lei de licitações.
O documento faz uma menção ao que chama de “lições que estamos vivendo”.
A “Travessia” diz ainda que a corrupção “parece ter se tornado endêmica” no país hoje. A peça é uma tentativa de Temer de se defender das acusações de que uma eventual gestão capitaneada por ele poderia interferir na Operação Lava-Jato ou mesmo patrocinar uma administração leniente com maus feitos.
Meirelles
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse ontem que “restaurar a confiança na solvência futura do Estado brasileiro” será o principal desafio do novo governo após o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Meirelles é cotado para assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e esteve na manhã de ontem na casa do peemedebista em São Paulo.
Meirelles disse ainda não ver necessidade de alteração dos programas sociais e afirmou que “a prioridade no social é muito grande”. Temer, no entanto, avalia realizar um corte de gastos governamentais e um pente-fino nos programas. O ex-presidente do Banco Central afirmou também que não foi convidado a ocupar um ministério em um eventual governo Temer e se recusou a dizer se aceitaria ser titular de uma pasta.
CNI e Fiesp
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) listou 36 medidas consideradas pela instituição como “indispensáveis” para tirar o País da crise e entregou o documento ao vice-presidente, Michel Temer, que assumirá a Presidência, caso o pedido de impeachment da presidente Dilma seja aprovado pelo Congresso. “O documento sustenta que o País só voltará a crescer com ações nas áreas fiscais e de competitividade”, afirma a CNI. Por outro lado, no dia em que foi divulgada a intenção do vice de desmontar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e passar suas atribuições ao Itamaraty caso a presidente Dilma Rousseff (PT) seja afastada do cargo, o empresário Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp, pediu uma audiência com Temer para repudiar a ideia. Empresários ligados à entidade aceitam que parte das prerrogativas da pasta sejam remanejados para outras pastas, mas não aceitam que a extinção do ministério entre no pacote de cortes.
Ministério da Saúde
Dois médicos renomados entraram na lista de sondagens para chefiar o Ministério da Saúde numa eventual gestão capitaneada por Michel Temer (PMDB): o cirurgião Raul Cutait e o urologista Miguel Srougi. Ambos passaram a ser cotados para a Saúde após aliados do vice-presidente Michel Temer sinalizarem ao PP, partido que reivindica a pasta, que o peemedebista gostaria de ter um “notável” na pasta.
Xingamento de Ciro
Possível candidato às eleições presidenciais de 2018 pelo PDT, Ciro Gomes chamou o vice-presidente Michel Temer (PMDB) de “safado” e “salafrário dos grandes” durante evento na PUC-SP.
Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/
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