Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira, 9, a operação “Esopo”, contra desvios de verbas no Ministério do Trabalho em 11 estados e no Distrito Federal. De acordo com o jornal O Globo, foram expedidos quarenta e nove mandados judiciais, incluindo de prisão e de busca e apreensão. Segundo as investigações da PF, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) sediada em Belo Horizonte (MG) firmou convênios de fachada com o Ministério em diversos estados – entre eles o Ceará.
O prédio da pasta em Brasília está sendo alvo de busca e apreensão de documentos. Entre os que tiveram prisão decretada, estão Paulo Roberto Pinto, ex-ministro interino do Trabalho, Anderson Brito Pereira, assessor do ministro Manoel Dias, o servidor do Ministério, Geraldo Riesenbeck e Antônio Fernadno Decnop Martins, ex-CGU. O ex-ministro Paulo Roberto Pinto foi conduzido coercitivamente, os demais foram presos preventivamente.
As irregularidades teriam partido por conta de convênios de fachada firmados entre o Ministério e o Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC), uma OSCIP com sede na Capital mineira. Segundo a PF, cerca de R$ 400 milhões saíram do Ministério do Trabalho e foram para os cofres do IMDC. A Polícia ainda não estipula ao certo o valor desviado, mas apenas parte dos contratos analisados já soma rombo de R$ 55 milhões.
Convênios entre o IMDC e o Ministério do Trabalho foram firmados no Ceará, Amapá, Espírito Santo, Minas, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e no Distrito Federal.
Fonte: O Povo
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