Eleições 2024

Lula critica Bolsonaro: “Em vez de chorar, encare a realidade”

(Crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, na noite desta quarta-feira (27), o julgamento que tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares aliados por tentativa de golpe de Estado. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada por unanimidade, acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os integrantes do chamado “núcleo crucial” da trama golpista.

Em declaração durante viagem oficial ao Japão, Lula foi enfático ao afirmar que Bolsonaro tentou interferir violentamente no processo democrático e conspirou para assassinatos de autoridades.

“É visível que o ex-presidente tentou dar um golpe no país. É visível, com todas as provas, que ele tentou contribuir para o meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente e para o assassinato do ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e todo mundo sabe o que aconteceu nesse país”, declarou.

Lula está em Tóquio em busca de novos investimentos para o Brasil, dentro de uma estratégia para conter os impactos do tarifaço anunciado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump. Durante entrevista a jornalistas, o chefe do Executivo elogiou o trabalho do STF, da Polícia Federal e do Ministério Público.

“Seria presunção minha fazer qualquer diagnóstico sobre a decisão da Suprema Corte brasileira. Eu acho que o que é correto é que a Suprema Corte está se baseando e se manifestando nos autos do processo. Depois de meses e meses de investigação, muito bem feita pela Polícia Federal, muito bem feita pelo Ministério Público, e com muita delação de gente importante, que está acusando o que tentou acontecer no Brasil”, afirmou.

Com a decisão do STF, Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo se tornam oficialmente réus e passarão a responder judicialmente pelas acusações. A denúncia inclui crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Com informações do Correio Brasiliense

Zeudir Queiroz