O governo federal está desenvolvendo um plano nacional para a segurança pública sob a liderança do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma minuta deve ser apresentada em 15 dias, com o objetivo de integrar sugestões de governadores e criar uma proposta eficaz e abrangente.
“Vou apresentar (o plano) para o Brasil e com uma discussão com os governadores. Quero convidar todos, de todos os partidos políticos. Primeiro, tenho que ouvir a proposta do ministro Lewandowski. Depois, ouvir o que os governadores têm a dizer para, depois, a gente construir. A gente não pode anunciar algo que não seja eficaz”, explicou Lula, em entrevista à Rádio Verdinha, em Fortaleza.
Embora o presidente não tenha adiantado pontos específicos do plano, ele destacou a importância de ouvir todos os envolvidos para evitar falhas futuras. Segundo Lula, a segurança pública “sempre será um grande problema” para o país.
Lewandowski apresentará as primeiras diretrizes em 15 dias. Durante o processo de discussão, Lula mencionou que ouvirá ministros que já foram governadores, como Rui Costa (Casa Civil) e Camilo Santana (Educação), para aproveitar a experiência acumulada desses gestores.
Desde que assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública, sucedendo ao atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, Lewandowski sinalizou a intenção de criar diretrizes que deverão ser seguidas por todos os entes da Federação. Ele também destacou a importância de implementar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018, e expressou a necessidade de incluir o Susp na Constituição, similar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Isso permitiria ao governo federal atuar mais diretamente na segurança pública, atualmente uma prerrogativa de estados e municípios.
Greve na Educação Federal
Durante a entrevista, Lula também abordou a greve na educação federal. Servidores técnico-administrativos estão paralisados há mais de 90 dias, enquanto os professores há mais de 60. O presidente afirmou que a oferta do governo é a melhor possível para este ano e criticou os grevistas por prejudicarem os estudantes.
“Disse a eles: vocês não estão prejudicando o Lula, o governo. Estão prejudicando, na verdade, os alunos, que estão perdendo bons dias, boas horas de aula. No meu governo, não falta oportunidade de conversar e negociar. Oferecemos entre 28% e 43% de reposição (de 2023 a 2026). Demos muitos benefícios, que muita gente sequer imaginava que poderíamos dar. Antecipamos 9% no ano passado. Fico triste porque ninguém agradeceu os 9% e estão fazendo greve pelos 4,5%”, lamentou.
A proposta de Lula é clara: ouvir todas as partes envolvidas para construir um plano eficaz de segurança pública e buscar uma solução negociada para a greve na educação, visando sempre o melhor interesse dos estudantes e da população.
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