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Eduardo Cunha é preso em Brasília; casa do ex-deputado é alvo de busca

Ações foram autorizadas pelo juiz Sérgio Moro, titular da Lava Jato. Prisão foi confirmada agora há pouco pelo jornal Folha de S. Paulo

Antes julgado pelo STF, caso de Cunha desceu para Curitiba após o deputado ter o mandato cassado em setembro
Antes julgado pelo STF, caso de Cunha desceu para Curitiba após o deputado ter o mandato cassado em setembro

O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso pela Polícia Federal agora há pouco em Brasília. A prisão preventiva foi autorizada pelo juiz titular da Lava Jato, Sérgio Moro, que determinou ainda ação de busca e apreensão na casa do ex-deputado no Rio de Janeiro.

Antes julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), caso de Cunha “desceu” para a 1ª instância no Paraná após o ex-deputado ter o mandato cassado pela Câmara em setembro. A expectativa é que o ex-presidente da Câmara chegue em Curitiba entre as 17h e 18h desta quarta-feira.

Eduardo Cunha é réu na Lava Jato acusado dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, por causa de contas não declaradas na Suíça. Ele é acusado, entre outros crimes, de ter recebido propinas em até R$ 5 milhões para liberar empréstimos da Caixa Federal.

Prisão e busca

Como é preventiva, a prisão de Cunha não possui prazo prévio. Além da prisão, residência do ex-deputado na Barra da Tijuca foi alvo de mandado de busca e apreensão. Esposa do peemedebista, a jornalista Cláudia Cruz também é alvo da Lava Jato pelos mesmos crimes.

O deputado, no entanto, nega quaisquer irregularidades. Ele afirma ainda que não declarou contas no exterior pois não é administrador dos fundos, que estariam sob supervisão de trustes.

Ascensão e queda

Levado à presidência da Câmara em 2015 por articulação de partidos do chamado “Centrão”, Cunha viu o início de sua queda no 1º semestre deste ano. Em 5 de maio, ele foi afastado da presidência da Casa pelo STF, perdendo força na articulação de sua defesa.

Desde então, o ex-deputado passou a ter reiteradas derrotas na Casa, culminando com sua cassação em 12 de setembro, encerrando mais longo processo do tipo registrado na história da Câmara.

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Fonte: O POVO Online

Zeudir Queiroz