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Dilma Rousseff elogia aproximação de Cuba e Estados Unidos

Dilma aproveitou seu discurso para falar também sobre a situação da Venezuela
Dilma aproveitou seu discurso para falar também sobre a situação da Venezuela

Durante sessão plenária da Cúpula das Américas, presidenta brasileira destaca iniciativa de Obama e Castro. No discurso, Dilma pede também fim do embargo e mais diálogo para resolver impasse com a Venezuela.

A presidenta Dilma Rousseff elogiou neste sábado o início do processo de reaproximação entre Cuba e Estados Unidos. Em seu discurso na sessão plenária da 7ª Cúpula das Américas, no Panamá, Dilma pediu o fim do embargo ao país latino-americano e defendeu o diálogo para acabar com o impasse entre EUA e Venezuela.

– Celebramos aqui agora a iniciativa corajosa dos presidentes Raul Castro e Barack Obama de restabelecer relações entre Cuba e Estados Unidos, de pôr fim a esse último vestígio da Guerra Fria na região – destacou Dilma, lembrando que o próximo passo é o fim do embargo que “vitima o povo cubano e enfraquece o sistema interamericano”, completou.

No Panamá, durante a abertura do evento nesta sexta-feira, Castro e Obama se deram um aperto de mãos histórico no primeiro encontro dos dois, desde que anunciaram em dezembro a reaproximação entre os países.

Avanços e desafios

Dilma aproveitou seu discurso para falar também sobre a situação da Venezuela, que vem enfrentando sanções dos americanos, afirmando que a aproximação entre Cuba e EUA é “prova de como se pode avançar” quando os antagonismos são deixados de lado.

– Esse bom momento das relações hemisféricas já não admite medidas unilaterais de isolamento – ressaltou Dilma e acrescentou que por isso “rejeitamos as sanções contra a Venezuela”.

Durante o discurso, Dilma destacou também os avanços políticos e econômicos dos países latino-americanos desde 1994, quando foi realizada a primeira Cúpula das Américas. “Em 1994, enfrentávamos problemas crônicos, como a fome, a miséria o desemprego, causados em grande medida por visões e políticas que agravavam a exclusão social”, disse.

– Hoje estamos reunidos em um contexto diferente com a consolidação da democracia e novos paradigmas políticos – acrescentou a presidenta, lembrando que mesmo com os avanços ainda há muito a fazer para acabar com a pobreza e desigualdades em todo continente.

Fonte: Correio do Brasil

Zeudir Queiroz