O escândalo envolvendo o general Gonçalves Dias, agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), aumentou a pressão da oposição pela abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas e mudou a postura do governo, que agora apoia a instauração do colegiado.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que a Casa precisa “sair da letargia”. Ele fez coro pela instalação da comissão. “Repito: não há normalidade neste país. O chefe do GSI acaba de pedir demissão. E o faz, certamente, por entender que pairam sobre ele sérias dúvidas em relação ao episódio de 8 de janeiro. Isso não é uma questão qualquer. Isso não é uma questão corriqueira”, argumentou.
Ao Correio, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que as imagens levam a crer, “no mínimo”, numa “facilitação para que vândalos transitassem e quebrassem tudo dentro do Palácio do Planalto”. “No meu ponto de vista, cai por terra narrativa falsa de que o presidente Jair Bolsonaro tinha alguma vinculação com esses atos”, frisou.
Líder da oposição na Câmara, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) destacou que o vídeo de Gonçalves Dias no Planalto foi uma das motivações para o governo atuar contra a CPMI nos bastidores.
“Essa foi a demonstração do porquê eles não estavam querendo que fossem divulgadas as imagens e nem que fosse instalada a CPMI. Porque as imagens deixam claro que havia a participação do ministro do GSI, com os seus integrantes do GSI, permitindo que houvesse toda a participação dos vândalos, dos invasores no local”, ressaltou Jordy.
Já as lideranças governistas sustentaram que querem a apuração no Parlamento. “Estamos com desejo de ter essa investigação. Se estão obstruindo por essa CPMI, ouçam bem claramente: queremos a investigação, queremos, porque, no 8 de janeiro, houve três vítimas neste país: a República, a democracia e o atual governo”, enfatizou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/
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