Cidades do Ceará atingem máximas de 40ºC com onda de calor até sexta-feira (17)

Foto: Reprodução
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) informou que a forte onda de calor que atinge o Brasil nesta semana pôs 2.707 municípios em alerta máximo por riscos à saúde. As máximas podem atingir os 40ºC em cidades do Ceará. Segundo o Inmet, municípios como Barro (37º), Sobral (38ºC), Crateús (39º), Penaforte (39º) e Jaguaribe (40ºC) registram as maiores temperaturas. A capital Fortaleza pode atingir 33ºC até sexta (17)
As áreas mais afetadas estão no Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal) e no Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais), com temperaturas até 5 °C acima da média para novembro. Com o fenômeno, o Brasil registra a 8ª onda de calor em 2023, segundo o Inmet. A atual é puxada por uma queda na umidade relativa do ar e deve durar pelo menos até sexta-feira (17)
A meteorologista Deise Moraes, do Inmet, afirma que alguns fatores explicam o calor excessivo e fora de época, como o El Niño (o aquecimento acima da média das águas do oceano Pacífico equatorial) e o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos.
“As ondas de calor são geradas por bloqueios atmosféricos que inibem a formação de chuvas e o avanço dos sistemas frontais. Com isso, há a incidência de raios solares mais intensos”, acrescenta Moraes. O El Niño dificulta, ainda, a formação de corredores de umidade e afeta a circulação de ventos em vários níveis da atmosfera, o que ajuda a manter o ar mais quente do que o normal sobre o Brasil, com chuvas que ocorrem de forma mais isolada.

Focos de calor no Ceará

O Ceará registrou 1.969 focos de calor em outubro, considerando somente dados do satélite AQUA, considerado satélite de referência para análise de dados. Segundo análise realizada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), os números indicam que o último mês foi o terceiro pior outubro em relação a detecção de focos registrados, ficando atrás apenas dos registros de outubro de 2001 (2.051 focos) e 2003 (2.465 focos). A série histórica começou em julho de 1998. A escassez de chuva e as altas temperaturas estão entre os principais motivos para para o alto número de de focos no Estado. Conforme ainda a Funceme, o Ceará praticamente não teve precipitação em outubro, embora, por exemplo, há registros de chuvas entre 1 e 10 milímetros em algumas áreas do Litoral de Fortaleza, do Maciço de Baturité e do Cariri. O tempo quente, seco e ventoso, característico nesta época do ano, favoreceu a propagação do fogo na vegetação, proporcionando, em alguns casos, eventos de incêndios florestais. De acordo com os dados das estações automáticas da Funceme e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em outubro, Ceará registrou 16 picos de temperatura igual ou superior a 40ºC. Esse cenário representa um aumento significativo em comparação com o mesmo período de 2022, que teve apenas 2 picos com temperatura igual ou superior a 40ºC. Os valores mais expressivos foram registrados nos municípios de Barro, Jaguaribe e Crateús, com temperaturas atingindo 41,9ºC, 41,5ºC e 40,8ºC, respectivamente. Fonte: https://gcmais.com.br/
Zeudir Queiroz

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