A reforma administrativa da presidente Dilma Rousseff (PT) poderá fortalecer politicamente o Ceará no governo federal com duas pastas, o Ministério das Comunicações e da Integração Nacional. O PDT, que deve entregar a pasta do Trabalho nos próximos dias, deverá aceitar o Ministério das Comunicações com a reforma ministerial e afastar a possibilidade de se distanciar do governo.
O cearense André Figueiredo, líder do partido na Câmara dos Deputados, é um dos cotados para ser nomeado para o primeiro escalão federal. Ao O POVO, o deputado afirmou que existe uma conversa inicial com a presidente, mas que só haverá definição na próxima semana com o retorno da petista ao Brasil. Questionado se aceitaria o posto, André afirmou que só se manifesta quando houver algo concreto.
O presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, confirmou a conversa com a presidente sobre o ministério. “A tendência é que a gente fique com as Comunicações”. Lupi disse que o deputado cearense é um dos nomes que o partido estuda indicar. O PMDB tenta mais um ministério, além dos já negociados nos últimos dias. Conforme O POVO apurou, o senado reivindica o Ministério da Integração Nacional e o líder do partido na Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB), indicaria o nome para ocupar o posto.
O senador, no entanto, nega a reivindicação. “Eu disse que ela (Dilma) ficasse tranquila que não havia nenhuma reivindicação do PMDB no senado”, ponderou. Eunício afirmou ainda que não aceitaria ser ministro. No entanto, de acordo com um peemedebista, a indicação partiria do senador cearense. O PP, responsável pela indicação do ministro Gilberto Occhi, se movimenta para não perder a pasta.
“Insaciável”
Vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, o deputado Silvio Costa (PSC-PE) criticou as demandas do PMDB por cargos no governo federal. “O PMDB é insaciável. É um partido que todo mundo conhece a historia dele”. No entanto, elogiou o papel da legenda na votação dos vetos. O deputado acredita que a presidente não deve tirar o ministério da Integração do PP.
Já o deputado José Airton (PT) defendeu que Dilma contemple a reivindicação do partido por ser uma legenda “importante da base aliada”. Ele afirmou também que o PP tem sido infiel com o governo nas votações e que o atual ministro não representa a base do Partido Progressista na Câmara.
Fonte: O Povo
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