Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro disse na tarde desta sexta-feira que mais cedo ou mais tarde o preço da gasolina terá que subir de novo. “Sabemos que, aumentando o preço do petróleo lá fora e o dólar aqui dentro, o reajuste em poucos dias ou semanas, tem que ser cumprido na ponta da linha pela Petrobras”, disse ao lembrar que os preços no Brasil refletem os aumentos no exterior.
Além disso, Jair Bolsonaro disse que na Petrobras, “tudo que acontece que não seja bom, a responsabilidade é minha. Nós indicamos o presidente da Petrobras, mas não temos ascendência sobre ela”.
Ocorre que a defasagem na gasolina está em 15% e no diesel em 18%, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), associação que reúne as importadoras. Ao longo do ano, a empresa já reajustou o preço do diesel em 51,4% nas refinarias. No caso da gasolina, esse aumento chega a 61,9%. A alta de preços ocorre em razão do reajuste de 7% nas refinarias de petróleo. Para justificar a taxa maior, a Petrobras alega que o aumento é um reflexo do fortalecimento do dólar e a valorização do barril de petróleo no exterior.
Durante a conversa com jornalistas, Bolsonaro defendeu auxílio de R$ 400 para mais de 700 mil caminhoneiros. “O caminhoneiro merece ter atenção da nossa parte. Foi decidido um auxílio aos mesmos, que custará menos de R$ 4 bilhões ao ano”, disse.
Ameaça de greve
Em razão dos constantes aumentos nos preços dos combustíveis, caminhoneiros de todo o país começam a ameaçar greve. Na quinta-feira, 21, representantes das empresas transportadoras iniciariam um movimento que afetou a distribuição de combustíveis em vários locais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A paralisação ocorreu após a Petrobras dizer que não iria conseguir entregar todos os pedidos para novembro, gerando rumores de que poderia ocorrer um desabastecimento. A Agência Nacional do Petróleo (ANP), no entanto, nega que haja esse risco no momento.
Impactos
O preço médio do litro de gasolina subiu 3,33% nas duas últimas semanas, passando de R$ 6,117 para R$ 6,321. Esta é a décima primeira semana seguida entre altas e estabilidade nos preços. No ano, no entanto, a gasolina acumula alta de 40,9%. Em alguns estados do país, inclusive, a gasolina já é vendida a R$ 7,499, como é o caso do Rio Grande do Sul. Em Fortaleza, o preço médio é de R$ 6,99.
A gasolina também já é encontrada acima dos R$ 7 em seis estados. Além do Rio Grande do Sul, estão na lista Rio de Janeiro (R$ 7,399), Piauí (R$ 7,159), Minas Gerais (R$ 7,179), Mato Grosso (R$ 7,047) e Acre (R$ 7,3). O Estado que vende mais “barata” é no Amapá, onde o litro está custando R$ 5,51.
No diesel, a alta foi de 0,3% nas duas últimas semanas, passando de R$ 4,961 para R$ 4,976, destacou a ANP. No ano, a alta chega a 37,99% na bomba.
Fonte: https://oestadoce.com.br/
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