Comissão quer investigar suposto superfaturamento na aquisição de 35 mil comprimidos de viagra por parte de órgãos vinculados à Defesa
Líder do PSB na Câmara, o deputado federal Bira do Pindaré (MA) disse nesta tarde (12/4) que seu requerimento para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a compra de 35 mil comprimidos de viagra pela Defesa já possui 50 das 170 assinaturas necessárias.
“Estamos empenhados em colher as assinaturas para a CPI do Viagra, como está sendo identificado, também pelo absurdo do uso de dinheiro público sem nenhum critério, e já temos 50 assinaturas. Precisaremos mais do que assinaturas da oposição. Precisamos de mais assinaturas do campo democrático, mas sabemos o quão difícil é. Vimos o que aconteceu quando se tentou instalar uma CPI no Senado Federal”, disse o deputado aos jornalista, em referência às tentativas de articulação para uma CPI do MEC.
Conforme o documento apresentado pelo parlamentar, a justificativa para a instauração de uma CPI do Viagra na Câmara são os indícios de “superfaturamento” na aquisição desses medicamentos por meios dos órgãos vinculados ao Ministério da Defesa.
“Os gastos exorbitantes destinados à aquisição de bens supérfluos para atender às demandas das Forças Armadas vêm reiteradamente ocupando as primeiras páginas de jornais, desnudando, em cada uma delas, o descompasso da atuação administrativa de seus órgãos e entidades com o ordenamento jurídico vigente”, disse no requerimento.
O congressista assegurou ainda que, mesmo com as eleições, é possível cumprir o prazo para a instauração da comissão. “Pelo prazo legal, é possível dar respostas em 120 dias à população”, disse.
Questionado pelo Correio se o Viagra é um pano de fundo para investigar o setor de compras das Forças Armadas, Pindaré respondeu: “O enfoque seria o setor de compras das Forças Armadas e a corrupção. Uma série de denúncias vêm sendo apuradas pelo Tribunal de Contas da União e precisam ser investigadas”.
“Não estamos preocupados com o desgaste com as Forças Armadas, zelamos pelo dinheiro público. A preocupação é cumprir nosso papel de fiscalização”, pontuou. O parlamentar ainda afirmou que não houve reação por parte dos governistas sobre o caso. “Talvez no Plenário ou em algum debate, mas ainda não houve reação.”
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/
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