Prefeito afastado afirma ser vítima de perseguição política

O prefeito afastado de Quixeramobim, Cirilo Pimenta (PSD, se defendeu das denúncias de fraudes em licitações, que teriam causado prejuízos ao erário de R$ 6 milhões. Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (10), na Assembleia Legislativa, Pimenta se considera vítima de perseguição política e questionou a atuação do Ministério Público. Nesta terça-feira (9), o prefeito Cirilo Pimenta, seu vice, Tarso Borges, dez secretários e mais o procurador geral do município foram afastados de suas funções, em operação conjunta do Ministério Público Estadual e Polícia Civil denominada “Quixeramobim Limpo II”. Um dos pontos questionado pelo prefeito afastado diz respeito às licitações apontadas como fraudulentas pelo MPE. Segundo ele, são procedimentos que não foram sequer executados, mas que os promotores deram como concluído. Cirilo Pimenta recebeu o apoio da bancada do PSD na Assembleia Legislativa e distribuiu documentos que discriminam as licitações realizadas pela sua gestão, que iniciou em janeiro deste ano. De acordo com o prefeito afastado de Quixeramobim, os recursos a que a Prefeitura teve acesso nos três primeiros meses de gestão, oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), não correspondem ao valor descrito na investigação, de R$ 6 milhões. Em pronunciamento, o deputado Nenem Coelho (PSD), classificou como “equívoco injusto” o afastamento de Cirilo e dos demais gestores. “Com três meses de gestão, afastam o Cirilo, falam de um desvio de R$ 6 milhões, mas as licitações estavam em R$ 4 milhões e a maioria delas nem sequer estava concluída. Ou seja, como se desvia algo se não fez pagamentos? O Ministério Público fez acusações firmadas em meras suposições”, disse. O deputado ressaltou que o município de Quixeramobim era a 59ª economia do Estado e hoje é a 19ª. “Isso nos mostra que o município só cresceu. Diante disso, o meu partido fica à vontade para defender a gestão de Cirilo”, frisou. Em aparte, o deputado João Jaime (PSDB) se solidarizou com o prefeito Cirilo Pimenta. “O Ministério Público deve fiscalizar e solicitar documentos, mas não acusar uma prefeitura, como fez. É uma injustiça que o prefeito de Canindé, cassado pelo TSE e ficha suja, permaneça no mandato enquanto Cirirlo é afastado”, afirmou. O deputado Fernando Hugo (PSDB) classificou o afastamento de Cirilo Pimenta como “esculhambação”. “As ações do MP engrandecem, mas não concordo com o que fizeram”, ressaltou. O deputado Tomaz Holanda (PMN) salientou que existe abuso por parte de alguns promotores do MP. “Alguns profissionais exageram e, por isso, o Ministério precisa ser mais centrado. Quiseram manchar o nome de um cidadão bom. O Judiciário precisa ter muito cuidado e zelo e não penalizar alguém por algo que não foi julgado ainda”, salientou. O deputado Augustinho Moreira (PV) também se solidarizou com o prefeito Cirilo Pimenta. “Não se pode fazer uma avaliação em pouco tempo de mandato. Fiquei triste em saber das acusações e sei que tudo vai ser resolvido e provado que foi apenas um equívoco”, disse. CNews
Zeudir Queiroz

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