Tradicional polo gastronômico do Bairro Varjota teve redução no horário de funcionamento na noite desta quarta-feira (3).
Restaurantes localizados no polo gastronômico do Bairro Varjota, em Fortaleza, encerraram as atividades duas horas mais cedo na noite desta quarta-feira (3), quando entrou em vigor o decreto que determinou medidas mais rígidas de funcionamento das atividades não essenciais.
Clientes tiveram que deixar as dependências dos estabelecimentos às 20h, horário limite para o funcionamento pelos próximos 15 dias. Nos fins de semana, o funcionamento será até 15h. A medida é válida de 3 a 17 de fevereiro.
O empresário Ordomar Furtado, dono de um dos restaurantes, comenta sobre as consequências da medida. Segundo ele, houve a necessidade de redução do quadro de funcionários com a decisão do governo estadual.
“Esse decreto pegou a gente de surpresa. A gente teve que dar férias para alguns funcionários, realizar algumas demissões para poder se adequar, porque como reduziu o horário, teve redução no número de pessoas. Alguns funcionários saíram chorando. A gente mal se recuperou do prejuízo do ano passado e agora ficou muito complicado, não sei como vai ser no decorrer desses 15 dias”, afirmou.
De acordo com o decreto, os estabelecimentos que descumprirem a medida poderão pagar multa de até R$ 75 mil, além de sofrer interdição por sete dias. Em caso de reincidência, a interdição poder ser estendida por até 30 dias.
Horário reduzido
O governador Camilo Santana (PT) anunciou nesta terça-feira (2) que serviços não essenciais em Fortaleza, como comércios e restaurantes, só vão poder funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h às 20h. Aos fins de semana, os estabelecimentos só podem funcionar até as 15h.
Também aos fins de semana, shoppings poderão funcionar até 20h. A decisão, válida por 15 dias, acontece após aumento no número de casos de Covid-19 em Fortaleza, e passa a valer a partir desta quarta-feira (3).
Durante a live, o governador Camilo Santana chegou a anunciar que a restrição de horários para atividades econômicas até 20h seria de segunda a quinta-feira, e que de sexta a domingo, os serviços não essenciais funcionariam até 15h. No entanto, houve uma correção logo em seguida.
Atividades essenciais vão continuar ocorrendo normalmente. Restaurantes também poderão continuar funcionando por meio de delivery. O governador relembrou, ainda, que as atividades vão funcionar normalmente no período do carnaval. Festas, shows e eventos sociais públicos e privados estão suspensos.
“O que tem aumentado os números de casos (de Covid-19) aqui no Ceará são as festas e as aglomerações. Esse é o apelo que eu sempre tenho feito porque a pandemia ainda não acabou. É importante que cada um de nós possamos dar a sua contribuição. Nós só podemos sair dessa juntos, se todos colaborarem”, apela Camilo.
Poderão funcionar normalmente:
- serviços públicos essenciais
- supermercados/congêneres
- farmácias
- hospitais e demais unidades de saúde e de serviços odontológicos de emergência
- laboratórios de análises clínicas
- segurança privada
- imprensa, meios de comunicação e telecomunicação em geral
- funerárias
Confira lista das medidas anunciadas:
- Renovação do decreto de calamidade pública no Ceará por mais seis meses;
- De segunda a domingo, das 20h às 6h do dia seguinte, fica suspenso o funcionamento de quaisquer atividades do comércio, indústria ou serviços não essenciais. Essas atividades poderão atender, nesse período, através de delivery. E podem funcionar normalmente, após às 20h, as farmácias, supermercados, serviços de saúde e outros serviços essenciais;
- Sábados e domingos o atendimento presencial em restaurantes, barracas e demais estabelecimentos para alimentação fora do lar somente poderão funcionar para almoço, até 15h. Podendo atender por delivery a partir desse horário
Estado de calamidade
Camilo também anunciou que enviou à Assembleia Legislativa um projeto de lei com pedido para prorrogar, por mais seis meses, o estado de calamidade pública. O anúncio foi feito ao lado do prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT) e do secretário estadual da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto.
Fonte: https://g1.globo.com/
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