Relíquias da beata baiana irmã Dulce estão expostas em Fortaleza

A imagem peregrina em tamanho real da beata Dulce, o véu usado por ela e fragmento de osso da religiosa estão em Fortaleza. As relíquias estão no pátio do Centro de Evangelização da Paz do Shalom e ficam expostas até segunda-feira. A beata baiana está em processo de canonização e pode ser a primeira religiosa brasileira a ser santificada.   Irmã Dulce, que recebeu o título de “Bem-aventurada Dulce dos Pobres”, teve suposto milagre reconhecido pelo o papa Bento XVI em 2010. A partir desse ano, qualquer “graça religiosa” que for atribuída à Dulce pode ser analisada pelo Vaticano como potencial milagre de santificação. Segundo a assessoria de comunicação da Comunidade Católica Shalom, a exposição das relíquias visa divulgar os atos da beata.   Irmã Dulce é conhecida como Anjo Bom da Bahia em referência à vida devotada aos pobres enfermos. Sua obra inspirou instituições de caridade do Ceará como o Grupo de Oração Anjos de Irmã Dulce, que visita hospitais e distribui mensalmente uma tonelada de alimentos na localidade de Dom Maurício, em Quixadá, no Sertão Central, e a Associação Movimento de Integração de Grandes Obras Sociais (Amigos), que reúne 90 empresários de Fortaleza e dá assistência a famílias carentes.   Vida pelos enfermos Irmã Dulce dedicou a vida a obras sociais em prol dos enfermos e dos mais empobrecidos. Aos 13 anos, já usava a casa da família como centro de atendimento a pessoas carentes. Após ingressar na vida religiosa, fundou a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário da Bahia, e inaugurou escola pública voltada para filhos de operários.   Em 1939, irmã Dulce improvisou um albergue para doentes no galinheiro do convento Santo Antônio. O local deu origem ao Hospital Santo Antônio que até hoje atende enfermos de todo o Brasil.   Quem ENTENDA A NOTÍCIA   Irmã Dulce nasceu Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, em 1914, em Salvador/Bahia. Aos 13 anos, usava a casa da família como centro de atendimento a pessoas carentes. Morreu em 1992, aos 77 anos. Do O Povo
Zeudir Queiroz

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