Circulação é prejudicada por comércio informal no Centro

Na manhã deste sábado, a movimentação na feira era ainda maior devido à proximidade do Natal FOTO: BRUNO GOMES
Na manhã deste sábado, a movimentação na feira era ainda maior devido à proximidade do Natal
FOTO: BRUNO GOMES
Não é apenas na região da feira da Rua José Avelino que os vendedores ambulantes representam um problema de desorganização urbana. Na Praça José de Alencar, no Centro, o acúmulo de barracas de vendedores ambulantes também prejudica a livre circulação das pessoas, além de interferir no acesso a um dos principais pontos culturais e turísticos de Fortaleza, o Theatro José de Alencar. A reportagem do Diário do Nordeste esteve na tarde do último fim de semana no local onde acontece a feira. Centenas de barracas ocupam não apenas a extensão da praça, mas também toda a calçada ao redor do teatro. Além disso, não faltam produtos expostos no chão. Os ambulantes, entretanto, afirmam que a Prefeitura nunca os procurou para discutir os espaços permitidos para a prática comercial. Garantem, contudo, que a fiscalização e a repressão por parte da Polícia são frequentes. “Muitas vezes eles tentam impedir a gente de vender ou colocam um horário para que possamos começar. Às vezes eles chegam para levar tudo, então temos que correr. Mas também acontece muito confronto, porque a gente disputa com eles”, conta um dos vendedores. Apesar das tentativas de coibir o comércio na praça, os vendedores insistem na atividade. “Eu, minha mulher e meus dois filhos somos sustentados só por essa feira, então não tenho como deixar de vir para cá. Graças a Deus nesse período de dezembro as vendas são melhores”, comenta outro ambulante.
Os ambulantes entrevistados alegaram nunca terem sido procurados pela Prefeitura para discutir os espaços para o comércio FOTO: NATINHO RODRIGUES
Os ambulantes entrevistados alegaram nunca terem sido procurados pela Prefeitura para discutir os espaços para o comércio
FOTO: NATINHO RODRIGUES
A feira na Praça José de Alencar é realizada geralmente aos sábados. As opiniões sobre o comércio no local dividem até os próprios clientes. “Como é só dia de sábado, acho que não tem muito problema. Deveria só haver uma organização com a direção do teatro para que, quando tiver algum evento, a feira não aconteça, ou acabe mais cedo. Mas eu sempre costumo comprar aqui, porque é mais barato, então a feira não pode parar”, avalia o instrutor de trânsito Pedro de Paula. Já o metalúrgico José Flávio, acha que é necessário uma maior organização. “Do jeito que está não pode ficar. Aqui é um local importante para a cidade e está completamente tomado por esses vendedores. Sei que é o trabalho deles, mas não pode ser feito de qualquer jeito”. Fiscalização O secretário executivo da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), Sanches Lopes, garantiu que irá reforçar a fiscalização no entorno do Theatro José de Alencar e considera a ocupação dos ambulantes uma extrapolação abusiva dos feirantes da Rua José Avelino. Sobre a feira, informou que até agosto de 2015 os comerciantes irão para a antiga fábrica Philomeno Gomes, nas proximidades da Marinha, no bairro Jacarecanga. Ali será um grande centro de comércio ambulante, com hotel para motoristas e guias de turismo, 50 vagas para ônibus e sete mil boxes, entre banheiros, lanchonetes e restaurantes. Ainda sobre o Centro, Sanches adiantou que as obras na praça José de Alencar começam em julho do próximo ano e deve ficar pronta em dezembro de 2015 ou janeiro de 2016, com recursos R$ 9 milhões. O Centro também terá recursos já garantidos de R$ 250 milhões (União, Estado e Município) para obras de requalificação de todas as praças e outros equipamentos. Ranniery Melo Repórter Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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