Adolescente pula em canal e morre arrastado pelas águas em Fortaleza

José Agostinho Rodrigues Damasceno, 15, estava com colegas quando pulou no canal. O corpo do jovem ficou desaparecido por mais de 18 horas MorteO corpo de José Agostinho Rodrigues Damasceno, 15, foi encontrado na manhã de ontem, por volta das 11 horas, às margens do rio Maranguapinho, no bairro Genibaú, em Fortaleza. O jovem pulou em um canal, que estava cheio por causa das chuvas, na tarde do último domingo, 8, perto de casa, no bairro Bom Jardim. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Agostinho estava na ponte que passa por cima do canal, que dá acesso à rua José Martins, com um grupo de cerca de dez rapazes. Segundo relatos da vizinhança, o rapaz foi desafiado, por outros jovens, a pular no córrego. “Um deles disse assim: ‘Duvido você pular’. E ele não aguentava ficar calado. Foi lá e pulou, mesmo sem saber nadar”, informa um vizinho, que O POVO opta por não identificar. A água da chuva tornou mais forte a correnteza e o jovem foi arrastado por 12 quilômetros. As buscas do Corpo de Bombeiros duraram até as 11 horas de ontem, quando o corpo de José Agostinho foi encontrado. “Infelizmente, durante a brincadeira, ele se aventurou e se jogou. Ao que tudo indica, ele não conseguiu resistir à força da corredeira”, informou o coronel Ricardo Rodrigues, da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros. Na tarde de ontem, a casa do jovem, no bairro Bom Jardim, estava lotada de parentes e vizinhos, que aguardavam a liberação do corpo pela Perícia Forense. Contagem oficial A Prefeitura de Fortaleza não contabilizou oficialmente a morte do adolescente como consequência da chuva. De acordo com a Defesa Civil Municipal, a morte não ocorreu devido à inundação ou enchente e poderia ter sido evitada. A última morte registrada na Capital como implicação das precipitações ocorreu em fevereiro de 2007, quando um bebê de apenas quatro meses morreu, no bairro Genibaú. Em 2004, 33 pessoas morreram em decorrência das chuvas no Ceará. Na Capital, foram seis vítimas. Balanço da Defesa Civil do Estado apontou, naquele ano, 20.605 residências danificadas e 3.798 casas destruídas, por causa das chuvas. Fortaleza (343), Juazeiro do Norte (300) e Iguatu (250) foram os municípios com mais casas destruídas. Em todo o Estado, 33.436 pessoas ficaram desabrigadas e 55.963 pessoas ficaram desalojadas. Fonte: O Povo
Zeudir Queiroz

Compartilhar notícia: