Indonésia mantém execuções de 8 presos

Diagnosticado com esquizofrenia, Rodrigo Gularte ainda espera ter a pena revertida REUTERS
Diagnosticado com esquizofrenia, Rodrigo Gularte ainda espera ter a pena revertida
REUTERS
Cilacap (Indonésia). Apesar da contestação mundial liderada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, a Indonésia está determinada a avançar com a execução de oito estrangeiros, entre os quais o brasileiro Rodrigo Gularte, condenados por tráfico de droga. As autoridades indonésias notificaram, no sábado, os oito estrangeiros – da Austrália, Nigéria, do Brasil e das Filipinas – de que as execuções, por um pelotão de fuzilamento, ocorrerão em uma questão de dias, possivelmente amanhã. Um preso indonésio será executado na mesma ocasião. A procuradoria-geral da Indonésia declarou que o francês Serge Atlaoui, igualmente condenado por tráfico de droga, foi retirado da lista após muita pressão do governo francês. Os prisioneiros já foram transferidos para a prisão de segurança máxima de Nusakambangan, onde ficarão até a morte. Os governos estrangeiros envolvidos tiveram seus pediram de clemência negados pela Indonésia. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, “apelou ao governo indonésio para não executar os dez prisioneiros que se encontram no corredor da morte pelos crimes alegadamente ligados à droga”, conforme comunicado da organização. “Segundo a legislação internacional, em países onde a pena de morte está em vigor, a lei apenas deve ser aplicada em crimes graves, como mortes com premeditação”, acrescenta o texto. Últimos pedidos Natural do Paraná, Rodrigo Gularte rejeitou, ontem, fazer os três últimos pedidos e disse estar confiante de que a sentença não será cumprida, segundo informou seu advogado, Ricky Gunawan. Preso, em 2004, ao ingressar na Indonésia com 6kg de cocaína em pranchas de surfe, recebeu a sentença em 2005. A defesa entrará hoje com novo recurso por meio do qual tentará convencer as autoridades a reverter a pena, já que Rodrigo foi diagnosticado com esquizofrenia. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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