Eleições 2024

Candidatos se inscrevem em lista dos “contra o aborto”

ABORTO votoDez candidatos cearenses para as eleições de outubro se vincularam a lista de políticos contra o aborto do Movimento pela vida e não violência (Movida). A organização é a responsável pela campanha “A vida depende do seu voto”, que trabalha para a conscientização dos eleitores sobre o tema.

A entidade atua com peças publicitárias em que pede o voto em candidatos contra o aborto. Eles criaram uma lista no site movida.org.br em que o eleitor pode identificar os postulantes que aderem a causa. Até agora, estão registrados cinco candidatos a deputado estadual e cinco a deputado federal.

Os estaduais são Walter Cavalcante (PMDB), Carlos Matos (PSB), Capitão Wágner (PR),

Anúncio do Brasil sem Drogas. Foto: Divulgação

Tomaz Figueiredo (PSDB) e Professor Teodoro (PSD). Os federais são Fernandes Filho (DEM), Chico Pontes (PTC), Mayra Pinheiro (PSDB), Cabo Sabino (PR) e Marcão (SD). De acordo com o coordenador do Comitê cearense do movimento, Fernando Lobo, mais dez candidatos devem completar o registro nos próximos dias.

No último mês que antecede as eleições, movimentos da sociedade civil aumentaram a articulação em torno de campanhas sobre temas como aborto e drogas. Além do Movida (Movimento pela vida e não violência), que têm comitê em Fortaleza, há o Brasil sem Drogas, que milita principalmente contra a legalização da maconha.

A organização também usa de anúncios e veicula dados negativos sobre o consumo, alertando para o eleitor para a verificação dos projetos dos candidatos. “Procure saber o que seu candidato pensa sobre a legalização da maconha”, diz o anúncio.

Críticas

O Movimento Brasil sem Drogas foi bastante criticado pelo teor das propagandas quando lançou a campanha dia 9 de setembro no Sindicato dos Médicos do Ceará. As peças publicitárias alertavam sobre o que aconteceria caso  houvesse a liberação da maconha com frases como:

“Você teria coragem de ser operado por um médico que acabou de fumar um baseado?”; “Você pegaria um ônibus cujo motorista só dirige chapadão?”, “Você matricularia seu filho numa escola que professores dão aula lombrados?”.

O jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva criticou o caso em seu blog no portal Estadão. “A coxinha é liberada, nem por isso um comandante de avião se entope de coxinha antes de um voo. Nem de cachaça, Rivotril, Melhoral, energéticos…”, diz. Internautas também criaram versões alternativas para ironizar os anúncios.

Fonte: Diário do Nordeste

 

Zeudir Queiroz