Na arena Castelão, Ceará perde para o Bahia por 1 a 0

Ceará erra demais, perde para o Bahia por 1 a 0, e o pentacampeão Kléberson faz o gol inaugural da nova arena Na partida que fechou a rodada dupla no Castelão, frustração da torcida alvinegra, que viu a equipe do Ceará jogar mal e perder para o Bahia por 1 a 0. Quem entrou para a história foi o meia Kléberson, pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira, que acabou por marcar o primeiro gol da nova arena. Meia do Bahia (abraçado) dedicou gol aos operários que trabalharam na obra FOTO: KIKO SILVA A verdade é que o jogo ficou longe das tradições das duas equipes e da expectativa que cercava a partida. O sentimento foi bem diferente do jogo que marcou o fechamento do antigo estádio, no dia 30 de março de 2011, quando o Vovô venceu o Brasiliense por 2 a 1. Com a derrota, o Vovô caiu para a terceira colocação no grupo A, com quatro pontos, e volta a jogar na quinta-feira, 31, mais uma vez contra o Bahia, agora em Salvador. Início ruim O Ceará começou a partida precavido, mais preocupado em não ceder espaços ao Bahia. Assim, com o Vovô cedendo espaços e saindo lento para o ataque, aos poucos, o time baiano controlou a partida e foi chegando próximo do gol alvinegro. Primeiro, aos 7 minutos, Titi bateu falta para fora. Aos 22, Ryder recebeu passe e, com ângulo para chute, finalizou torto. Aos 31, Jefferson cruzou rasteiro, encontrando Ryder sozinho na pequena área, mas furou, perdendo um gol incrível. Mas no minuto seguinte não teve jeito e o visitante Bahia marcou o primeiro gol no novo Castelão, aos 32 minutos. Neto cruzou na área, Zé Roberto finalizou para defesa de Fernando Henrique, mas na sobra Kléberson mandou para as redes, entrando para a história. “Esse gol representa muito para a minha carreira. Fui presenteado e dedico aos cearenses, que trabalharam duro para construir esse novo estádio. O Castelão é maravilhoso e é sempre bom entrar para a historia”, declarou o camisa 8. Depois de sofrer o gol, o Ceará passou a jogar, mandando duas bolas no travessão seguidas. Aos 38, Vicente encheu o pé, e a bola explodiu no travessão do goleiro Lomba. Dois minutos depois foi a vez do meia Ricardinho levantar a torcida em outro chutaço, mas a bola foi de novo na trave. Mas, exceto pelos dois lances individuais, o ataque pouco produziu, mostrando que a falta de um centroavante prejudica sobremaneira a força da equipe. No último lance do primeiro tempo, o Bahia quase fez mais um, após “pixotada” da defesa alvinegra. Eric errou a cobrança de lateral, Jefferson cruzou rápido, Ryder cabeceou, Fernando Henrique fez milagre e a zaga tirou antes que a bola entrasse. No segundo tempo, o Vovô voltou tentando pressionar em busca do empate, mas seu poder de ataque continuou fraco. Assim, o Bahia administrou o resultado e foi até mais perigoso. Embora o Ceará tenha esboçado uma pressão nos minutos finais, faltou precisão nas jogadas, não evitando a derrota e saindo vaiado de campo. Técnico do Ceará exalta gramado e critica passes O técnico Ricardinho saiu frustrado com o aproveitamento ruim de seu time nos passes, principalmente pela qualidade do gramado do novo Castelão. Logo o fundamento que o treinador tanto chamou a atenção desde a estreia da equipe no Nordestão e que vinha tendo cuidado especial nos treinamentos. “Novamente pecamos nos passes. O que foi um pecado, pelo excelente gramado que o Castelão nos ofereceu, diferente da estreia do PV e, principalmente, do jogo com o Itabaiana. Nos dois jogos os erros de passe aconteceram e novamente hoje se repetiu. Temos que corrigir isso. Sobre a atuação da equipe, por mais que tenha que melhorar, não foi assustador”. Outra queixa de Ricardinho foi a falta de um centroavante de ofício à disposição, já que o recém-contratado Anselmo ainda não pôde estrear. “Faltou um atacante mais fixo, que tivesse uma presença maior na área”, declarou o comandante do Ceará. VLADIMIR MARQUES REPÓRTER Do Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

Compartilhar notícia: