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Ceará se despede de Lucas Evangelista, mestre da cultura popular

Foto: Reprodução da web

O Ceará perdeu, nesta semana, um de seus maiores expoentes da cultura popular. Lucas Evangelista, reconhecido como Mestre da Cultura Cearense pelo Governo do Estado durante a gestão de Cid Gomes, faleceu aos 87 anos, deixando um legado inestimável para a literatura de cordel e a música nordestina.

Uma vida dedicada à arte popular

Natural de Crateús, Lucas Evangelista foi introduzido à Literatura de Cordel ainda na infância, inspirado pelos pais, que cantavam e recitavam histórias tradicionais. Sua carreira como violeiro e vendedor de folhetos de cordel começou em Fortaleza, com sua primeira apresentação na Praça dos Leões. Ao lado de seu irmão, Pedro Evangelista, também poeta e repentista, conquistou espaço em praças, feiras e eventos, levando sua arte para diversas regiões do Brasil.

Contribuições à música e à literatura de cordel

Ao longo de sua vida, Lucas Evangelista publicou centenas de romances e folhetos, muitos dos quais se tornaram parte da memória cultural nordestina. Sua obra também influenciou grandes nomes da música regional, como Frank Aguiar e bandas icônicas como Calango Aceso e Mastruz com Leite, que gravaram composições do mestre, ajudando a imortalizar suas criações.

Legado cultural

A vasta produção poética de Lucas Evangelista, registrada em discos, fitas K-7 e CDs, mantém viva a essência da cultura nordestina. Seu trabalho continuará inspirando gerações de poetas, músicos e admiradores da cultura popular brasileira, consolidando-o como um dos grandes mestres da tradição cearense.

O Ceará, em luto, se despede de Lucas Evangelista, mas sua arte e legado permanecerão como parte indissociável da identidade cultural do estado e do Nordeste.

Um dos poemas de Lucas Evangelista:

Com informações ANC

Zeudir Queiroz