Com recentes desgastes da ministra do Meio Ambiente, presidente apazigua ânimos com medidas, como a ampliação de unidades de conservação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta segunda-feira (5/6), um novo plano de segurança para a Amazônia que pretende frear o desmatamento da maior floresta tropical do planeta. A medida, tomada em solenidade do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, ocorre após desgaste com a ministra Marina Silva, que viu a pasta comandada por ela ser esvaziada após decisão do Congresso Nacional.O novo plano de segurança para Amazônia prevê medidas para combater crimes como grilagem de terras públicas, atividades ilegais de garimpo, extração de madeira, mineração, além de caça e pesca em territórios indígenas, áreas de proteção ambiental e no bioma como um todo.
“Esses crimes que degradam o meio ambiente são alimentados e, ao mesmo tempo, alimentam um verdadeiro ecossistema criminal. É o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, a lavagem de dinheiro, o trabalho escravo, os assassinatos por encomenda e a exploração sexual de crianças e adolescentes”, destacou Lula. A ação foi chamada pelo presidente de Plano Amazônia: Preservação e Soberania.
Durante discurso, Lula fez diversas referências à proteção da Amazônia, demonstrando a centralidade da questão para as boas relações com os demais países. O bioma está no centro da disputa política que contribuiu para enfraquecer Marina Silva recentemente
A medida provisória que organiza os ministérios do governo, aprovada na última quinta (1º/6) pelo plenário do Senado, retirou gerência da Agência Nacional de Águas (ANA) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR) da pasta de Marina Silva. Além disso, a ministra é contrária ao desejo da Petrobras em explorar petróleo na foz do rio Amazonas, no estado do Amapá. Diferentemente de setores do governo, como o líder no Congresso, Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), que, inclusive, anunciou sua saída do partido de Marina, o Rede Sustentabilidade, logo após defender estudos para a exploração de petróleo na região.
Meio ambiente voltou a ser tratado “prioridade”, diz Lula
Lula destacou que o governo dele fez o debate ambiental voltar a ser tratado como prioridade, pois “a sobrevivência, não só do nosso país, mas do nosso planeta, depende em grande medida da maneira como o Brasil cuida de seus biomas, sobretudo da Amazônia”, observou Lula. “Voltamos a ter uma política externa ativa e altiva, que nos torna novamente protagonistas das grandes discussões que envolvem a mudança do clima”.
O presidente apontou que 87% da matriz elétrica brasileira é “limpa e renovável, contra uma média mundial de apenas 15%” e prometeu ampliar os investimentos em energia solar e eólica.
Lula reafirmou o compromisso assumido durante reunião no fim de maio do G7, no Japão. “O Brasil voltará a ser referência mundial em sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas. E cumprirá metas de redução de emissões de carbono e desmatamento zero”.
Entre as ações propostas pelo novo plano, Lula citou a criação da Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública, a instalação de bases fluviais e terrestres integradas para o fortalecimento dos serviços de segurança pública na região, construção ou reforma de postos policiais, além de quarteis e delegacias em pontos estratégicos.
O Plano Amazônia: Preservação e Soberania prevê também aparelhamento e modernização de meios e infraestrutura dos órgãos de segurança pública que atuam na Amazônia Legal, a implantação do Centro de Cooperação Policial Internacional para a proteção da Amazônia e de centros integrados de comando e controle.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/- Vice-prefeito de Paraipaba, Aldemir Garcia dos Santos, morre em acidente de caiaque - 27 de abril de 2024
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