Fenômeno chupa-chupa pode ter começado no Ceará

A entrevista com o coronel Uyrangê Hollanda suscita muitos debates — e um deles diz respeito a onde, de fato, o fenômeno chupa-chupa teve início, que acredita-se ter sido no Pará ou Maranhão. Mas, ao contrário do que se imagina, ele pode ter se originado mesmo na cidade de Pacajús, no Ceará, e dois anos antes do anunciado, em 1975, não em 1977. Essa pode ser uma estranha revelação, mas é bastante consistente. Pacajús era uma pacata cidade cearense até 1975, quando algumas mulheres, em geral lavadeiras, passaram a ser atacadas às margens de açudes ou riachos por estranhos objetos voadores. Felizmente, os casos não contaram com óbitos, embora um soldado da Polícia Militar tenha atirado em um aparelho de cor alumínio que avançou sobre ele na estrada que liga o município à Fortaleza. O UFO tinha várias luzes que piscavam freneticamente e, depois de agredido, as apagou por completo e subiu vertiginosamente sem ruídos. Naquela mesma noite, nas proximidades de onde o soldado havia sido assustado pela nave, um motorista de táxi foi sobrevoado por outro artefato — ou o mesmo. Várias são as testemunhas da fase embrionária do chupa-chupa, que acabou culminando, anos depois, no Pará, na deflagração da Operação Prato. Uma delas é a senhora Francisca Pereira Soares, que recebeu um raio de luz oriundo do aparelho, denominação comum para aquele tipo específico de UFO. Ela sentiu-se tonta e, em companhia do filho menor, jogou-se embaixo de um pontilhão, ambos tentando escapar da morte. O episódio passou a ser conhecido em toda a região de Pacajús e os casos foram se multiplicando. As descrições que as vítimas davam aos fatos era de que, invariavelmente, tinham seus seios queimados por raios de luz provenientes dos artefatos voadores. Após os incidentes de Pacajús é que o chupa-chupa passou a se manifestar também no Maranhão, especialmente nas localidades de Tutóia, Barreirinhas, Pinheiros, Ilha dos Caranguejos e São Luís. Lá houve grande intensidade de casos e o ápice da onda durou de 1975 a 1976, período em que muitos ataques e algumas mortes foram registrados. Em julho de 1977 o Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU) recebeu a visita de um taifeiro do navio salineiro Scorpion, que trouxe boas informações sobre o assunto. A situação em Colares O cidadão declarou ter feito inúmeros avistamentos de objetos voadores em viagens entre Macau e Manaus e resolveu relatar os fatos de que tinha conhecimento, ocorridos nas ilhas do Marajó, Mosqueiro e Colares, no epicentro do fenômeno chupa-chupa. Eleutério Silva detalhou vários acontecimentos ao CPU, relatando inclusive que, nos dias de picos de manifestação de luzes, eram notadas com frequência lanchas da Marinha Brasileira conduzindo militares às áreas atingidas — sem falar em dois hidroaviões, que sempre desciam nas imediações de Colares. Naquela época este autor viajava constantemente a Belém e em uma ocasião foi possível encontrar o prático de navios Manoel Silva Silveira, que tinha muitas informações adicionais. Na ocasião, em agosto de 1977, ele se prontificou a usar sua lancha para junto colhermos informações sobre as inquietantes luzes vampiras que assustavam os moradores. Ele já havia tido contato com elas na ilha de Marajó, durante uma caçada. Foi em Colares que tivemos a oportunidade de conversar com dezenas de moradores e todos, praticamente, informaram ter assistido evoluções de estranhos objetos prateados ou luzes misteriosas que cortavam os céus da região, ora muito visíveis, ora apenas distantes pontos de luzes que amedrontavam os ribeirinhos. Era auge do fenômeno chupa-chupa. Na ocasião, colhemos excelentes informações e já não havia nenhuma dúvida de que estávamos diante de uma impressionante onda ufológica — a mais importante de todas que já registramos, sabemos hoje. Em setembro daquele ano, 30 dias após os primeiros casos, tivemos novas informações sobre as crescentes manifestações exógenas no Pará. Recortes de jornal davam conta de que havia uma situação de extrema gravidade na área, mas, infelizmente, nenhum ufólogo para analisar os casos. Um dos poucos pesquisadores que havia na região era Antonio Jorge Thor, um homem misterioso que não dava endereço nem telefone, e não procurava contato com a mídia. Fonte: Revista UFO
Zeudir Queiroz

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