Dilma rejeita presença de Eduardo Alves e ouve desaforos de Barbosa

Barbosa passa um tempo com a namorada em um apartamento de luxo em Miami
Barbosa passa um tempo com a namorada em um apartamento de luxo em Miami
A decisão da presidenta Dilma Rousseff, de blindar o ministério de seu próximo mandato com o aval do Ministério Público Federal (MPF), fez do presidente da Câmarados Deputados, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a sua primeira vítima. Alves não assumirá um posto no novo governo porque foi citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), que investiga crimes como corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Dilma comunicou sua decisão ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) na véspera. Em resposta, Temer assegurou que isso não provocaria nenhum ruído e que o próprio Henrique Alves já havia lhe transmitido a intenção de não integrar o Executivo. – Fui citado absurdamente e concordo com a decisão. A presidenta Dilma fez certo. Precisamos que os fatos fiquem esclarecidos. Isso é de meu interesse também – afirmou Henrique Alves, a jornalistas. A presidenta teria, ainda, argumentado com Temer que prefere aguardar até que seja esclarecido o episódio da citação de Henrique Alves como um dos beneficiários da roubalheira ocorrida na estatal do petróleo. A presidenta também enfatizou a importância de Alves permanecer na presidência da Câmara durante a disputa para sucedê-lo, como forma de evitar o avanço do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Cunha é desafeto pessoal de Dilma e concorre contra o ex-presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). O deputado Júlio Delgado (PSB-PE) integra a terceira via. O veto ao nome de Henrique Alves fora sinalizado por Dilma durante conversa com jornalistas nessa segunda-feira. Quando ela disse que consultaria o Ministério Público queria dizer apenas que não nomearia nenhum dos nomes citados nos vazamentos atribuídos à delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Reação Foi saber que Dilma pretendia ouvir o MPF antes de qualquer nomeação para seu ministério e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, saiu do ostracismo em que se encontra, desde que deixou a Suprema Corte para falar alguns desaforos públicos contra a presidenta Dilma. Em seu microblog, no Twitter, Barbosa afirmou, na noite passada, que o Ministério Público Federal não é um “orgão de assessoria” da presidente Dilma Rousseff. Para o algoz dos principais líderes políticos do PT, haveria “sinais claros” de que Dilma não tem auxiliares “minimamente lúcidos” para participar na escolha dos ministros do segundo mandato. A mensagem foi publicada após a presidente afirmar, durante o café da manhã com jornalistas, que pretende consultar o MPF para aferir a existência, ou não, de algum impedimento jurídico capaz de interferir na presença dos futuros escolhidos à Esplanada dos Ministérios. Principalmente, se foram citados em acordos de delações premiadas da Operação Lava Jato. “Onde estão os áulicos tidos como candidatos a uma vaga no STF, que poderiam esclarecer: Ministério Público não é órgão de assessoria!!! “, esbravejou. “Há sinais claros de que a chefe de Estado brasileiro (Dilma) não dispõe de pessoas minimamente lúcidas para aconselhá-la em situações de crise”, acrescentou. Barbosa passa uma temporada em seu apartamento de luxo, em um condomínio para milionários no Estado norte-americano da Flórida. Segundo Barbosa, o fato de Dilma buscar o aconselhamento do Ministério Público antes de nomear alguns ministros é uma “degradação institucional”. E esbanjou ao afirmar, em francês, que a intenção de Dilma é algo jamais visto. Nomes citados Reportagem do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, publicada na última sexta-feira, revelou uma lista com nomes de 28 políticos que supostamente teriam se beneficiado do esquema de criminoso na Petrobras. A delação está nos autos do processo contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. No café da manhã com jornalistas, Dilma explicou que buscará a opinião abalisada do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre políticos que ela pretende nomear para o novo ministério. Entre os nomes mencionados por Paulo Roberto Costa, além do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que nega participação no esquema de desvio de dinheiro, o ministro Edison Lobão (PMDB-MA) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também foram citados. – Eu consultarei o Ministério Público Federal porque qualquer pessoa que eu for indicar, eu devo consultar sobre o que temos quanto a ela. Eu não quero que ele (Rodrigo Janot) me diga tudo, eu quero que ele me diga ‘sim’ ou ‘não’. Os 28 nomes vêm de uma matéria que não é informação oficial – disse a presidenta. Perguntada sobre quando ela irá anunciar o novo lote de integrantes do primeiro escalão, a presidente afirmou que sua pretensão é divulgar a lista de novos ministros até o dia 29. Até agora, Dilma confirmou apenas quatro futuros ministros: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini (Banco Central) e Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio). Fonte: Correio do Brasil
Zeudir Queiroz

2 thoughts on “Dilma rejeita presença de Eduardo Alves e ouve desaforos de Barbosa

  1. graça disse:

    Esse boçal tinha q ficar de boca calada!

  2. Francisco-Sá disse:

    Mas quem JB pensa que para querer pautar a Presidenta? JB, você agora é um cidadão comum, com direito a sua opinião. Mas nao exagere, não faça papel ridículo. O tuitter náo é o STF. Curta a temporada com a namorada, e feliz ano novo.

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