Dilma recua de constituinte para reforma política, diz presidente da OAB

A presidente Dilma Rousseff desistiu da proposta de fazer um plebiscito para convocar uma assembleia constituinte exclusiva, relatou nesta terça-feira (25) o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Coelho, após participar de reunião com a presidente, o vice, Michel Temer, e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), no Palácio do Planalto. Proposta apresentada pela presidente Dilma pegou até Michel Temer de surpresa FOTO: Agência Brasil A mudança de posição do Planalto em relação ao assunto – que foi a principal e mais polêmica proposta apresentada pela presidente em resposta às manifestações que têm tomado as ruas do país nas últimas semanas- será apresentada publicamente pelo ministro da Justiça, conforme relato de Coelho. A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto não confirma a informação. “O governo sai convencido de que convocar Constituinte não é adequado, porque atrasa a reforma política”, disse. Própria reforma política deve ser colocada em plebiscito Segundo o presidente da OAB, entidade que desde segunda-feira é uma das mais frontalmente contrárias à proposta de Dilma Rousseff, o modelo que deverá ser proposto publicamente agora é que a própria reforma política seja colocada em plebiscito. Traduzindo: perguntas específicas, ainda a serem definidas, mas que envolverão basicamente reformas do processo eleitoral e não do sistema de representatividade atual, serão feitas à população, que poderá dizer sim ou não a cada um dos pontos. Pela proposta apresentada na segunda pela presidente Dilma, e que pegou até Michel Temerde surpresa, a pergunta a ser levada à população seria sobre a concordância ou não com a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva para deliberar sobre uma reforma política mais ampla. No modelo proposto pela OAB, e agora supostamente encampado pela Presidência, não haverá necessidade de alterações na Constituição. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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