Motoristas de ônibus de Fortaleza começam a articular greve

Na próxima quarta, assembleia decidirá sobre greve. Autoridades e população deverão ser avisadas 72 horas antes da paralisação
FOTO: NATINHO RODRIGUES
Os usuários do transporte coletivo de Fortaleza começam a semana apreensivos com a ameaça de greve geral, que poderá ser decretada na próxima quarta. A decisão será tomada durante duas assembleias que acontecerão às 9h e às 15h. A partir de hoje, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) visitará os terminais de ônibus e as garagens, a fim de realizar assembleias pontuais. O Sintro descarta a realização de paralisações até quarta-feira, quando a greve for votada. A partir da data, irá cumprir as 72 horas após notificar sobre a greve, conforme determina a legislação. Autoridades e população serão avisadas do movimento, que começará de domingo para segunda, 16, um dia antes do jogo do Brasil contra o México. Expectativa Hoje e amanhã será de expectativa tanto para os motoristas quanto para a população. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), Dimas Barreira, pretende encaminhar, ainda hoje, o pedido de dissídio coletivo, prometendo “fazer tudo para sensibilizar os motoristas” no sentido de reabrir as negociações com a categoria. O Sintro alega que os patrões se retiraram da mesa de negociações, na última sexta, quando acontecia a sétima rodada da campanha salarial 2014. “Nossa preocupação é com a população”, diz Dimas Barreira, afirmando ter proposto “um pacto pela Cidade”. Ou seja, continuar as negociações depois da Copa, garantindo o transporte coletivo no período dos jogos. “Como numa queda de braço entre os dois sindicatos, a população fica no meio, enquanto o impasse continua. Embora ambos afirmem estar abertos às negociações. “Continuamos com os 15%. Com menos de dois dígitos no índice de aumento, não fechamos”, reitera o presidente do Sintro, Domingos Neto. Já o Sindiônibus acena com 6,7% de aumento salarial e acusa o Sintro de retardar as negociações. “Nós exigimos a rodada da última sexta-feira”, lembra. O sindicato ainda reclama da falta de proposta dos motoristas. O Sintro reivindica cláusulas sociais, como diminuição da jornada de trabalho de 44 para 42 horas semanais, vale refeição de R$ 9,00 para R$ 12,00 e cesta básica de R$ 80,00 para R$ 120,00. O Sindiônibus ofereceu R$ 9,50 para o vale R$ 85,00 para a cesta básica.
 Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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