Criança de oito anos morre após participar de ‘desafio do desodorante’ em Fortaleza

Esse é um dos desafios postados em vídeos de acesso livre e que tem causado a morte de crianças e adolescentes

Foto: Arquivo Pessoal
O menino Iano, de 8 anos de idade, morreu após participar do perigoso ”desafio do desodorante” em Fortaleza. A brincadeira surgiu nas redes sociais com o objetivo de inalar gás de desodorante aerossol. Esse é um dos desafios postados em vídeos de acesso livre e que tem causado a morte de crianças e adolescentes pelo Brasil. No último domingo (18), o garoto foi encontrado pelo pai, Maximiano Damata, caído na cama desacordado. Ao lado dele estava um frasco de desodorante em spray.

“Quando eu virei ele, vi logo a parte da boca sem sinal. Balancei o corpo dele e não respondeu, fiz massagem, comecei a chorar e saí na rua pedindo socorro. Peguei o celular e liguei para o Samu, que tentou reanimar o Iano, mas infelizmente não deu certo”, declarou o pai.

O filho mais novo, um menino inteligente, que gostava de desenhar e de jogos de videogame, perdeu a vida por causa de um desafio na internet. Em entrevista à equipe da TV Cidade Fortaleza, a mãe do menino afirmou que desconhecia os perigos dessa brincadeira.

“De uns tempos pra cá, Iano foi mudando o comportamento, ficando de forma isolada. Não queria mais fazer as coisas que gostava e começou a brincar com desodorantes. Nunca passou pela minha cabeça que o desodorante tinha algum perigo que pudesse viciar”, afirmou.

‘Desafio do desodorante’

O desafio do desodorante consiste em inalar o gás do aerossol pelo maior tempo possível. Os vídeos publicados na internet incentivam as pessoas a baforarem o gás do desodorante e fazem uma espécie de competição para saber quem consegue fazer por mais tempo. Para proteger crianças e adolescentes, identificar o conteúdo que eles têm acesso e orientar sobre os riscos são caminhos para afastar este e outros desafios arriscados que circulam na internet. “Tem a questão do celular, do computador, que às vezes a criança precisa até para fazer uma prova, um trabalho… É um acesso muito grande e, ao mesmo tempo, elas não têm uma maturidade para entender que esses desafios não são próprios para eles. Se eles não têm essa maturidade, quem precisa dar o freio e a censura são os adultos”, explica a psicóloga Renata Forti. Fonte: https://gcmais.com.br/
Zeudir Queiroz

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