Cinegrafista é ferido, e 26 são detidos em manifestação em Fortaleza

Cerca de 500 manifestantes se reuniram na praça ao lado do Instituto Federal de Educação e Tecnologia (IFCE), por volta das 15 horas desta quinta-feira (22), para reivindicar opasse livre e o desbloqueio de carteirinhas de estudantes que ainda não estariam funcionando, conforme informaram os manifestantes. O protesto terminou com 26 detidos, um cinegrafista ferido e um carro de reportagem depredado. O grupo saiu da praça gritando palavras de ordem como “Não Vai ter Copa” e “Queremos Passe Livre“. Um dos manifestantes, que preferiu não se identificar, informou que o ato é realizado por estudantes e não possui um organizador, mas que o movimento se reúne com o objetivo de protestar pelo passe livre. Os manifestantes foram em direção à Avenida 13 de Maio, onde bloquearam a via ateando fogo em sacos de lixo. Em seguida, o grupo seguiu pela Avenida da Universidade e alguns jovens infiltrados tentaram roubar, com pedras, algumas pessoas que estavam em uma parada de ônibus. Os manifestantes que estavam em um carro de som pediam para que os vândalos não roubassem as pessoas e que não houvesse depredação, mas por onde o grupo passava, deixava um rastro de destruição, com lixo no meio da via. Os comerciantes da Avenida da Universidade fecharam suas lojas por volta das 17 horas com medo das ações de vândalos. De acordo com o funcionário de um posto de gasolina (identidade preservada), as manifestações nas proximidades do IFCE atrapalham a rotina de quem trabalha nas proximidades, pois o cheiro do gás latrimogênio que vem das bomba é forte e não é possível ficar à vontade e trabalhar com o tumulto. O grupo seguiu em direção á Avenida Domingos Olímpio e tentou invadir a Associação de Cabos e Soldados Militares do Estado (ASMCE) e jogou pedras contra a instituição. Os policiais saíram do local e atiraram para cima com o intuito de dispersar os manifestantes. Cinegrafista ferido, carro destruído e 26 detidos O cinegrafista de uma empresa televisiva foi atacado por manifestantes. Ele foi apedrejado e saiu com ferimentos na panturrilha e no pé.  O carro da reportagem também foi apedrejado, manifestantes pularam em cima do veículo, que ficou destruído. De acordo com informações de testemunhas, parte da equipe de reportagem estava dentro da associação gravando uma matéria que não era referente à manifestação, quando o grupo chegou e atacou o veículo. O funcionário tentou gravar as cenas de violência, mas foi agredido. Ele recebeu os primeiros socorros ainda na entidade. Uma funcionária da ASMCE informou que, durante a confusão, uma criança e uma mãe estavam no local para uma consulta com o dentista. Todos acompanharam a confusão por meio das câmeras do circuito interno de segurança do estabelecimento. Dois automóveis particulares que estavam no estacionamento da associação foram danificados pelas pedras. Segundo informações do capitão PM Vasconcelos, do Batalhão de Choque (BPChoque), o grupo fugiu em direção ao shopping Benfica e tentou invadir o centro comercial. Ainda de acordo com o oficial,  17 adolescentes foram apreendidos e sete adultos presos. Todos foram encaminhados à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). O delegado do 34º DP, Romerio Almeida, estava a frente do procedimento. A Polícia recebeu informações de que os manifestantes pretendiam realizar um ato em frente o Paço Municipal. A Guarda Municipal interditou a Rua José Rufino de Alencar e Rua Sobral. O bloqueio causou um grande congestionamento na área e a Guarda Municipal orientou o trânsito, pois a Autarquia Municipal de Trânsito e Serviços Públicos (AMC) estaria destinada atuar na área do Papicu, onde ocorria o protesto da Construção Civil. Fonte: Diário do Nordeste
Zeudir Queiroz

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